Público decide o fim de “Corte Fatal”, peça policial que chega ao Brasil
Na trama, a vizinha de um salão de beleza em Santa Cecília é assassinada
Espetáculo não musical que mais tempo ficou em cartaz ininterruptamente na história, de acordo com o Guinness Book — foram quarenta anos no teatro Charles Playhouse Stage II, em Boston —, Shear Madness, adaptação do texto alemão Scherenschnitt , escrita por Paul Pörtner (1925–1984), ganhou nova montagem brasileira. No Teatro UOL, “Corte Fatal”, dirigida por Pedro Naschling, é uma trama policial cômica, cujo final é decidido pelo público.
Num salão de beleza em Santa Cecília, tudo corre normalmente (leia-se fofocas e confusões) até que a vizinha do andar de cima, uma famosa cantora reclusa, é assassinada. É a partir daí que a peça engata. Plateia vira personagem e entra num jogo teatral ao acompanhar a investigação dos policiais (os impagáveis Fernando Caruso e Paulo Mathias Jr.), que passam a apresentar as pistas e, ao fim, convoca o público a decidir pelo culpado. Na berlinda estão o cabelereiro (Ton Prado, que substitui Carmo Dalla Vecchia até o dia 10), sua assistente (Hylka Maria) e os clientes, personagens de Douglas Silva e Fafy Siqueira.
Com cenário bonito e funcional de Gustavo Paso, boas sacadas (como a notícia da morte pela TV) e elenco com talento para o improviso, “Corte Fatal” capta a atenção e diverte.
Teatro UOL. Shopping Pátio Higienópolis, ☎ 3823-2323. Sex. a dom., 20h. Até 2/11. R$ 24,00 a R$ 150,00. teatrouol.com.br.
Publicado em VEJA São Paulo de 26 de setembro de 2025, edição nº2963.