Edifício Suzana: uma bela lembrança de Israel Galman
Depois de projetar muitos residencias em regiões nobres paulistanas, o arquiteto sofreu com a depressão e um câncer até suicidar-se em 1986
Sofrendo havia anos de um câncer, o arquiteto Israel Galman se suicidou em 1986, com um tiro, no apartamento em que vivia, na Avenida Higienópolis. Fumante compulsivo, ele estava deprimido fazia tempo por não encontrar trabalho. Nos anos 1950 e 1960, tinha projetado e construído muitos residenciais, em Campos Elíseos, Higienópolis, Pinheiros e até no Guarujá. Quando sua construtora, a Rio Branco, começou a enfrentar dificuldades sob a inflação e a competição barata do BNH, Galman tentou a vida em Manaus.
Depois de alguns calotes, decidiu buscar a sorte em Israel. Mas os traços do judeu romeno formado na Poli não fizeram sucesso na Tel-Aviv pós-moderna dos anos 1980. Sua obra, porém, envelheceu muito bem, como no inventivo Edifício Suzana, na Rua Bela Cintra, nos Jardins (foto), com seus janelões em caixas e cobogós onipresentes para unidades de um e dois quartos.