Prefeitura desiste de fechar Minhocão para a construção de parque
Ideia era transformar cerca de 900 metros do Elevado Presidente João Goulart em área de lazer permanente
Poucos meses depois de prometer fechar cerca de 900 metros do Elevado Presidente João Goulart, o Minhocão, para a criação de um parque suspenso, a gestão de Bruno Covas (PSDB) desistiu por ora da empreitada. A ideia era ocupar a área que fica sobre a Avenida Amaral Gurgel, entre a saída da Ligação Leste-Oeste e o entroncamento com a Avenida São João. No espaço seriam instalados 17 500 metros quadrados de jardins — o equivalente a quase três campos de futebol —, além de floreiras e deques, dispostos em módulos fixos e pré-fabricados.
A elevação da altura dos gradis e a construção de cinco acessos estão mantidos no projeto e servirão para quando toda a via fica aberta aos pedestres, nos fins de semana. Nesses dias, a prefeitura promete levar bancos e árvores menores, plantadas em vasos, que serão retiradas antes da liberação da via, às 6h30 da segunda-feira. “Vamos fazer um parque temporário e ver se dá certo. Depois, as próprias pessoas que usam o espaço vão pedir para que o Minhocão seja de fato um parque permanente”, afirma o secretário municipal de Governo, Mauro Ricardo.
Nos bastidores da prefeitura, a demora para o início do projeto, ocorrida pela judicialização do tema, foi a grande responsável pela inviabilidade da empreitada. A questão eleitoral também foi levada em conta.
Enquanto pisa no freio em relação à parte de cima do Minhocão, Covas vai anunciar ainda neste ano o processo licitatório para a concessão da área de baixo do elevado. O objetivo é que empresas privadas adotem os locais e os transformem em empreendimentos comerciais ou de lazer.
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