Imagem Blog

Poder SP - Por Sérgio Quintella

Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Sérgio Quintella é repórter de cidades e trabalha na Vejinha desde 2015
Continua após publicidade

Juiz nega pedido de Guilherme Boulos para retirada de touro dourado

Estátua foi a polêmica da semana passada após protestos contra sua instalação

Por Sérgio Quintella Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 22 nov 2021, 18h24 - Publicado em 22 nov 2021, 18h20
A imagem mostra o touro dourado instalado em frente à Bolsa de Valores de São Paulo
Touro dourado assinado por Rafael Brancatelli, que teve de ser retirado de frente da B3 (Cauê Diniz/B3/Divulgação)
Continua após publicidade

Não será desta vez que o famoso touro dourado da B3 deverá pastar em outra freguesia. Após o líder do PSOL e do MTST Guilherme Boulos entrar na Justiça para que a estátua seja retirada das ruas do centro de São Paulo, o juiz Evandro Carlos de Oliveira determinou que o reluzente ruminante permaneça paradinho onde está.

Não se questiona que o Brasil passe por período de grande crise econômica e sanitária, o que tem agravado o relevante problema da fome mencionado na inicial. Ocorre que a estátua questionada fora idealizada com dinheiro particular e, consoante se observa no documento de fls. 18/23, trata-se de exposição temporária (01/10/2021 a 31/12/2021) e não definitiva”, escreveu o magistrado, no despacho. “O direito à cultura em razão da exposição de obras de arte à população em geral, com a utilização de dinheiro particular mediante o pagamento das respectivas custas ao Poder Público, não afeta o combate à fome nem consiste em evidente dano ao erário”.

Dias antes, Boulos ingressou com uma ação alegando que a figura do animal é um símbolo inadequado frente à real situação financeira da população brasileira. “Grupos organizados realizaram manifestações para denunciar a opulência e o falso progresso que a estátua representa, face à crise econômica, política, social e sanitária que tem levado milhões de brasileiros à fome. A sociedade em geral tem manifestado seu repúdio ao monumento e aos valores simbólicos que ele procura enaltece”.

Além de afrontar o moral do povo, Boulos afirma que o touro dourado viola a moralidade administrativa. “Convém questionar acerca da compatibilidade entre o uso do espaço público para homenagear o mercado de capitais e o interesse público…. Assim, cabe perguntar qual o interesse público envolvido na colocação de uma estátua de um touro dourado no centro de São Paulo. Na verdade, parece que o “monumento” serve apenas à glorificação do mercado financeiro e, mais especificamente, à glorificação da opulência e do enriquecimento. Não há conexão alguma entre aquela figura bovina e o interesse dos cidadãos paulistanos, sua história e seus costumes”.

Agora, o magistrado que negou a liminar abriu prazo para que o prefeito Ricardo Nunes e o subprefeito da Sé, Marcelo Salles, citados por Boulos, se expliquem.

Continua após a publicidade

Para poder instalar o polêmico monumento temporário, a DMAISB Arquitetura e Construção pagou à prefeitura cerca de 5 000 reais, a título de uso do espaço público.

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe semanalmente Veja SP* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Para assinantes da cidade de São Paulo

a partir de 35,60/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.