Hotel Bar Brahma ocupará o ponto do tradicional Marabá, no centro
O Grupo Fábrica de Bares já opera o estabelecimento, que ficou fechado por quase um ano, e mantém, por enquanto, o nome antigo
![Imagem mostra fachada de hotel branca com pilares e varanda com jardim no primeiro andar](https://gutenberg.vejasp.abril.com.br/wp-content/uploads/2022/04/Design-sem-nome-2022-04-13T124051.110.png?w=680&h=453&crop=1)
Chope de boas-vindas, acesso sem pagamento de couvert artístico a shows do bar vizinho, translado gratuito a atrações turísticas e a casas como Blue Note e Riviera. Esses são alguns dos mimos — ou comodidades — que o Hotel Bar Brahma promete oferecer aos futuros hóspedes.
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A estreia desse quatro-estrelas temático deve ocorrer em doze meses, no número 757 da Avenida Ipiranga. O imóvel é o mesmo do Hotel Marabá, fundado em meados dos anos 40 e com térreo ocupado pelo cinema homônimo, naquela região do centro conhecida, à época, como Cinelândia.
O tradicional ponto hoteleiro passa a ser operado pelo grupo Fábrica de Bares, estreante nesse setor da hospitalidade, mas dono do bar homenageado, cravado quase ao lado. Por enquanto, vão manter o nome do antigo Marabá, que não resistiu aos efeitos da pandemia e interrompeu as operações em junho de 2021.
![Quarto solteiro no prédio antigo.jpg Imagem mostra quarto de hotel com duas camas e varanda](https://gutenberg.vejasp.abril.com.br/wp-content/uploads/2022/04/Quarto-solteiro-no-predio-antigo.jpg.jpg?quality=70&strip=info&w=1024&crop=1)
A troca de bandeira — e decoração — será realizada de forma lenta, gradual e segura. “Estamos começando um piloto”, define Cairê Aoas, à frente da companhia. “Não vamos ‘queimar cartucho’ com a nossa marca. Antes, queremos aprender”, admite.
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A partir de quinta (21), o estabelecimento vai reabrir as portas. Receberá, até dia 29, exclusivamente foliões que adquiriram o pacote de hospedagem para o Camarote Bar Brahma (ainda há ingressos à venda). Os hóspedes terão transporte até os desfiles do Sambódromo do Anhembi, open bar de chope, serviço de spa e beauty center, com cabeleireiros e maquiadores à disposição — um esquema parecido ao que rolou em 2020 no endereço, numa espécie de ensaio não planejado.
![bar brahma – fachada Imagem mostra fachada de bar com toldos vermelhos](https://gutenberg.vejasp.abril.com.br/wp-content/uploads/2020/08/bar-brahma-2-fachada.jpg?quality=70&strip=info&w=1024&crop=1)
Boa parte dos artistas que se apresentarão no camarote pernoitará ali também. No dia 1º de maio, o Marabá voltará a acolher o público em geral, agora com a operação de alimentos e bebidas a cargo do Bar Brahma. “Vamos servir um brunch aos fins de semana, a partir de junho”, prevê Aoas.
As duas alas do hotel (que inclui o anexo, no passado pertencente ao extinto Terminus) somam cerca de 11 500 metros quadrados, treze andares e 171 quartos. Os até 350 hóspedes que podem ocupar o Marabá normalmente estavam a negócios na capital ou a fazer compras pelo centro.
Com a futura transformação em Hotel Bar Brahma, a intenção dos novos gestores é fazer com que o local se torne um destino também aos feriados e fins de semana. “Hotéis inseridos na cena cultural e de entretenimento da cidade normalmente são muito high level, como Unique e Emiliano. Em outro patamar, não tem”, diz o empresário, que deve cobrar uma média de 300 reais por diária.
Ele mesmo ficou hospedado ali, com a esposa e o filho, entre junho e dezembro de 2020, num dos momentos mais graves da pandemia. A suíte era a 1119, com um terraço de vista deslumbrante para a Praça da República. “Fui me ambientando”, brinca.
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Publicado em VEJA São Paulo de 20 de abril de 2022, edição nº 2785