Reedição de peça de Ariano Suassuna traz pinturas de filho do dramaturgo
“As Conchambranças de Quaderna” conta com apresentações presenciais mas também pode ser assistido online, de forma gratuita
Depois de um hiato de mais de duas décadas em sua produção na dramaturgia, Ariano Suassuna (1927-2014) voltava ao universo teatral em 1987, com o lançamento de As Conchambranças de Quaderna. Em cartaz desde o dia 18, a montagem dirigida por Fernando Neves conta a história de Dom Pedro Dinis Quaderna (Jorge de Paula) — protagonista também do Romance d’A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta (1971), do mesmo autor —, que se envolve em imbróglios e tenta fazer conchavos, tirando proveito para si (“conchambrança”, aliás, vem de “conchamblança”, ou seja, conchavo).
Na montagem, o público conhece apenas “o Caso do Coletor assassinado”, primeiro dos três atos da peça. Nesse segmento, Quaderna tenta resolver uma crise política entre o governo da Paraíba e Dom Pedro Sebastião (Guryva Portela), seu padrinho e protetor. O motivo? Um desfalque dado pelo coletor de impostos da cidade. o espírito de circo-teatro é reforçado na trilha sonora de renata rosa e Caçapa, e no cenário, com telões que trazem pinturas do artista plástico Manuel Dantas Suassuna, filho do escritor. Além das apresentações presenciais, o espetáculo é transmitido gravado pela plataforma Sympla, de forma gratuita. 60min (12 anos).
> Teatro Sérgio Cardoso — Sala Paschoal Carlos Magno. Rua Rui Barbosa, 153, Bela Vista. Seg. a qui., 19h. R$ 30,00. sympla.com.br. Até 11 de novembro.
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Publicado em VEJA São Paulo de 3 de novembro de 2021, edição nº 2762