Espetáculo on-line traz 8 peças inspiradas em relatos pessoais dos atores
Dirigidas por Nelson Baskerville, as tramas têm temas variados, desde racismo até relacionamento abusivo
![Mulher segura um peixe na mão. Está com a mão pintada de vermelho e o rabo do peixe também](https://gutenberg.vejasp.abril.com.br/wp-content/uploads/2021/06/Barba-Azul-Ligia-Fonseca.jpg?quality=70&strip=info&w=667&h=508&crop=1)
Memórias, por vezes doloridas, são os insumos de (das) tripas (coração) — solos em confinamento. Nelson Baskerville dirige o espetáculo on-line, que une oito pequenas peças escritas pelos atores e transmitidas ao vivo. Os textos funcionam como crônicas que rememoram episódios pessoais. Em Barba Azul, Lígia Fonseca interpreta uma apresentadora de um programa de culinária. Por meio de ingredientes e instruções, narra o conto sobre o nobre violento e faz uma metáfora com um relacionamento abusivo.
![eu sou negra.png Mulher negra grita em foto segurando um secador de cabelo em movimento](https://gutenberg.vejasp.abril.com.br/wp-content/uploads/2021/06/eu-sou-negra.png.jpg?quality=70&strip=info&w=650)
Pri Calazans, em Eu Sou Negra?, trata do racismo, com o resgate da avó paterna. A infância de Tamara Maria Cardoso ganha uma leitura em Cortei o Dedo, em que angústias da menina regem o enredo. Carolina Borelli, Estrela Straus, Julia Ianina, Maria Eduarda Pecego e Ricardo Nash também têm seus solos que tratam de cicatrizes (120min).
![Cortei o Dedo_Tamara Maria Cardoso.JPG Mulher olha pra câmera enquanto segura uma escova. Está em um quarto com fotos penduradas na parede](https://gutenberg.vejasp.abril.com.br/wp-content/uploads/2021/06/Cortei-o-Dedo_Tamara-Maria-Cardoso.JPG.jpg?quality=70&strip=info&w=1024&crop=1)
16 anos. Sympla (sympla.com.br). Sex. (11) e sáb. (12), 20h. Dom. (13), 19h. R$ 20,00.
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Publicado em VEJA São Paulo de 16 de junho de 2021, edição nº 2742