Na casa de Gustavo Calazans
Se dinheiro desse em árvore, todo mundo poderia ter uma casa maravilhosa, daquelas de estampar capa de revista e arrancar suspiros das visitas. Na vida real, porém, a gente sabe que às vezes a grana é curta para fazer tudo o que queremos. O jeito é ir pelo caminho do meio. O arquiteto Gustavo Calazans, […]
Se dinheiro desse em árvore, todo mundo poderia ter uma casa maravilhosa, daquelas de estampar capa de revista e arrancar suspiros das visitas. Na vida real, porém, a gente sabe que às vezes a grana é curta para fazer tudo o que queremos. O jeito é ir pelo caminho do meio. O arquiteto Gustavo Calazans, um dos principais nomes de projetos de interiores da cidade, tem uma linha de trabalho pé no chão. Para ele, morar bem não é gastar os tubos, mas priorizar algumas coisas e saber abrir mão de outras. É uma visão sustentável, de economizar sempre que possível e evitar desperdícios, para a preservação do bolso e do planeta. O apartamento dele em Higienópolis dá boas pistas de como fazer isso. Dá uma olhada:
Na sala, em vez de uma mega televisão de plasma ou LCD, está uma velha televisão de tubo 29 polegadas, “Dá época em que ter uma TV de 29’’ era o máximo”, relembra ele. O tubo ganhou um recorte na parede para servir de encaixe e ocupar menos espaço. O piso de taco, original do apartamento, foi apenas consertado nos locais em que estava soltando, sem ser inteiro trocado somente porque algumas partes não estavam boas.
Na cozinha, até pouco tempo atrás, a geladeira era uma Frigidaire que pertenceu à sua avó. Apenas quando ela parou de gelar, quase 50 anos depois, é que foi aposentada e virou uma charmosa adega. Abaixo, ao lado da poltrona da sala, outro item do tempo da vovó, um velho aspirador de pó que faz o papel de mesa lateral. O modelo é tão antigo que tem cobertura de madeira. Calazans jura que se ligar o aparelho na tomada ele ainda funciona.
Na varanda, o jardim suspenso mantém a casa fresquinha. Além de bonitas, as plantas conseguem baixar em até dois graus a temperatura da casa e permitem que o arquiteto viva numa boa sem ar-condicionado.
E você? Consegue maneirar no consumo?
Já experimentou dar um uso diferente para algo que iria para o lixo?