Museu Lasar Segall faz cinquenta anos com mostra e obra inédita
A exposição segue em cartaz até setembro de 2018
Naturalizado brasileiro, o pintor, gravador, escultor e desenhista lituano Lasar Segall (1889-1957) ganhou, dez anos após sua morte, um museu com seu nome, na esquina da Rua Afonso Celso com a Rua Berta, na Vila Mariana. O primogênito, Mauricio Segall, foi o primeiro responsável por gerir a antiga casa do pai, desenhada pelo arquiteto ucraniano Gregori Warchavchik, e transformá-la numa instituição de referência da arte moderna no país.
No acervo, ele e o irmão, Oscar Klabin Segall, disponibilizaram ao público obras como Navio de Emigrantes (1941) e Menino com Lagartixas (1924). Mauricio ficou por trinta anos no cargo de diretor e participou do projeto da grande reforma finalizada em 2002, quando o espaço incorporou o imóvel ao lado e passou a contar com uma sala de exposições temporárias e um agradável café.
Morreu de complicações cardíacas em julho, aos 91 anos, apenas dois meses antes da inauguração da mostra comemorativa do cinquentenário da instituição. A montagem reúne documentos históricos, como a imagem em preto e branco de Mauricio diante da fachada do museu, tirada em 1980 pelo fotógrafo Luiz Hossaka (1928-2009), que foi também conservador-chefe do Masp.
A coleção inclui ainda uma obra nunca exibida na cidade, a pintura Praça do Mercado de Meissen, feita por Segall durante a I Guerra Mundial, em 1915, quando ele havia sido expulso da cidade alemã de Dresden e estava confinado na vizinha Meissen. A nova exposição segue em cartaz até setembro de 2018 e tem entrada grátis, de quarta a segunda.