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Filmes e Séries - Por Mattheus Goto

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‘Dormir de Olhos Abertos’ reflete sobre pertencimento de imigrantes

Produzido por Emilie Lesclaux e Kleber Mendonça Filho, filme de Nele Wohlatz combina observação cultural e dramaturgia contemporânea

Por Mattheus Goto
Atualizado em 25 set 2025, 21h04 - Publicado em 25 set 2025, 18h50
Chen Xiao Xin em 'Dormir de Olhos Abertos'
Chen Xiao Xin em 'Dormir de Olhos Abertos' (Victor Juca/Divulgação)
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Quando nos deslocamos do nosso contexto, damos mais valor ao sentimento de pertencer. Dormir de Olhos Abertos, da cineasta alemã Nele Wohlatz, capta essa sensação com uma perspectiva graciosa e respeitosa perante a cultura brasileira, mais especificamente pernambucana. Para isso, contou com a excelente produção de Emilie Lesclaux e Kleber Mendonça Filho.

A obra nasce de uma experiência pessoal de deslocamento e traduz, em forma de comédia silenciosa, a condição de quem vive entre fronteiras e busca compreender sobre lar e identidade. Ao filmar em Recife, Wohlatz deixa transparecer sua trajetória particular.

No centro da narrativa está Kai (Liao Kai Ro), uma jovem de Taiwan que chega ao Brasil para passar férias após uma desilusão pessoal. Enquanto tenta se adaptar à rotina no país tropical, conhece um grupo de trabalhadores chineses que vivem em um arranha-céu de luxo e, entre encontros e desencontros, cria laços com Xiaoxin (Chen Xiao Xin), que compartilha da mesma sensação de viver à margem.

Esse clima de relacionamentos enigmáticos em terras forasteiras lembra os belíssimos clássicos Terra Estrangeira (1995), de Walter Salles, e Encontros e Desencontros (2003), de Sofia Coppola.

O longa reúne atores de diferentes nacionalidades e forma um mosaico poliglota que transita entre mandarim, português, espanhol, inglês e alemão. Os silêncios e mal-entendidos sustentam o fio narrativo e traduzem, com precisão, a experiência migratória.

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A pesquisa de Wohlatz começou com entrevistas na comunidade chinesa de Recife, realizadas ao lado da atriz Xiaobin Zhang, protagonista de seu premiado Futuro Perfeito (2016). Aqui, ela traduz a essência da experiência migratória e, em tempos de fronteiras instáveis, lança um manifesto em prol da união.

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