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Vinho e Algo Mais

Por Por Marcelo Copello Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Especialista na bebida, Marcelo Copello foi colunista de Veja Rio. Sua longa trajetória como escritor do tema inclui publicações como a extinta Gazeta Mercantil e livros, entre eles "Vinho e Algo Mais" e "Os Sabores do Douro e do Minho", pelo qual concorreu ao prêmio Jabuti

Espumante brasileiro é cartão de visitas da viticultura nacional

No Brasil, domina-se tanto o método charmat quanto o tradicional champenoise, com resultados que chegam a rivalizar com bons representantes do mundo

Por Marcelo Copello
26 set 2025, 06h00
espumante
Espumantes nacionais: estilos para todos os gostos (Freepik/Divulgação)
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Consta oficialmente que o Brasil produz vinho desde 1532, mas as primeiras rolhas de espumante nacional estouraram só em 1913, com a fundação da vinícola Peterlongo, pioneira do setor.

Desde então, a categoria evoluiu de forma consistente, com investimentos, tecnologia e dedicação. É um cartão de visitas da viticultura nacional.

Um marco importante foi a chegada da Moët & Chandon em 1973, ano em que a gigante francesa decidiu que o terroir brasilis merecia uma vinícola própria.

A Serra Gaúcha, principal região produtora, tem clima temperado úmido, altitudes entre 400 e 800 metros e solos ácidos de boa drenagem.

Características desafiadoras para tintos de ciclo longo, mas que para espumantes se transformam em trunfo, com uvas de acidez vibrante, baixo teor alcoólico e aromas frescos.

Entre as subregiões, Pinto Bandeira se destaca como a “grand cru” das borbulhas nacionais, sendo a primeira no Hemisfério Sul a conquistar uma Indicação de Procedência exclusiva para espumantes.

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Embora o Rio Grande do Sul seja o berço da bebida, ele não está sozinho.

Santa Catarina, com altitudes de até 1 400 metros e colheita tardia, elabora espumantes de bom frescor e estrutura.

O Vale do São Francisco, território nos estados de Pernambuco e Bahia, oferece duas colheitas anuais e moscatéis cremosos e exuberantes.

Essa diversidade permite ao Brasil oferecer estilos para todos os gostos — do brut mais austero ao moscatel mais perfumado.

Aqui, domina-se tanto o método charmat (segunda fermentação em tanques) quanto o tradicional champenoise (na própria garrafa), com resultados que rivalizam com os melhores do mundo.

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As uvas mais utilizadas — chardonnay, pinot noir, riesling itálico e moscato — são as mesmas que brilham nas regiões mais prestigiadas da Europa.

Na última década, o Brasil acumulou mais de 2 000 medalhas internacionais, sendo cerca de metade para espumantes.

Em concursos como a Grande Prova Vinhos do Brasil, eles costumam liderar o pódio, abocanhando dezenas de ouros e duplo-ouro.

O público brasileiro acompanha essa performance: o mercado interno consome mais de 22 milhões de litros por ano, e os rótulos nacionais respondem por cerca de 77% desse total, à frente das importações somadas de França, Espanha e Itália.

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Sugestão de rótulos (Reprodução/Divulgação)
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Espumante Victoria Geisse Extra Brut: Elaborado pela vinícola brasileira Família Geisse para a Grand Cru. Feito com chardonnay (predominante) e pinot noir com doze meses sur lie e 6 gramas de açúcar por litro. Perlage muito boa, pequena, abundante e persistente. Cor palha clara e brilhante. Aroma de boa complexidade, com notas de leveduras, brioche, frutas secas, nozes, pêra, mel. Paladar de bom corpo com acidez equilibrada e bem integrada. R$ 169,90, na Grand Cru.

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Chandon Réserve Brut: Elaborado pelo método charmat, com as uvas chardonnay, pinot noir e riesling itálico, em proporções semelhantes, com uma pequena proporção de vinho tinto da pinot noir, com estágio de cerca de seis meses em tanques de inox com suas leveduras. Cor rosa clara, borbulhas finas. Aroma frutado, com cereja, framboesa. Paladar macio, cremoso, com uma ponta de doçura, tem 11,8% de álcool. R$ 139,90, na Evino.

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Publicado em VEJA São Paulo de 26 de setembro de 2025, edição nº 2963

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