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Otávio Muller: “Em ‘O Clube dos Anjos’, o homem hediondo não quer mudar”
Longa inspirado na obra homônima de Luis Fernando Verissimo está em cartaz nos cinemas e traz grande elenco
✪✪✪ Após ser exibido no Festival de Gramado e na Mostra SP, O Clube dos Anjos está em cartaz nos cinemas. Dirigido por Angelo Defanti a partir da obra homônima de Luis Fernando Verissimo, este é um drama que se passa em basicamente um lugar.
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Na trama, sete amigos se encontram mensalmente desde a juventude para comer picadinho. Ao longo dos anos, o grupo viu as reuniões passarem de rituais de poder para encontros de lamentações. Quando o grupo está prestes a se desfazer, u um misterioso chef surge oferecendo banquetes majestosos. E nenhum deles resiste ao convite.
O excelente elenco é composto por Otavio Muller, Matheus Nachtergaele, Paulo Miklos, Marco Ricca, Augusto Madeira, André Abujamra, Ângelo Antônio, César Mello, Samuel de Assis e António Capello.
À Vejinha, Muller e Abujamra falam sobre o projeto. A dupla destaca que a união do elenco com o diretor foi essencial para que o resultado fosse satisfatório. Eles dizem que a força do filme está na “inevitabilidade” de seus personagens serem quem são.
“Angelo teve muitas cenas cortadas. Ele filmou muito mais do que está na edição final. O cinema é a junção de todas as artes, e o Angelo conseguiu realizar algo memorável. E nós, do elenco, somos díspares, temos raízes diferentes de atuação. Mas nós temos uma química linda”, conta Abujamra.
Muller destaca a complexidade dos personagens de O Clube dos Anjos, que são amigos há décadas e evitam grandes mudanças. “No filme, o homem hediondo não quer mudar. Ele quer ser racista, misógino, escroto e homofóbico. Ele não tem pretensão de movimento. Então ele acaba”, define.
