Mostra de filmes mudos começa nesta sexta (06) com sessões gratuitas
Por Camila Taira Entre os dias 05 e 14 de agosto, a 5ª edição da Jornada Brasileira de Cinema Silencioso apresenta produções cinematográficas do final do século XIX até aproximadamente 1930 em sessões gratuitas. Neste ano, a mostra celebra os 150 anos de nascimento do ilusionista francês Georges Méliès (1861–1938), considerado um dos precursores dos […]

Por Camila Taira
Entre os dias 05 e 14 de agosto, a 5ª edição da Jornada Brasileira de Cinema Silencioso apresenta produções cinematográficas do final do século XIX até aproximadamente 1930 em sessões gratuitas.
Neste ano, a mostra celebra os 150 anos de nascimento do ilusionista francês Georges Méliès (1861–1938), considerado um dos precursores dos efeitos especiais no cinema. Sete de seus filmes serão exibidos na retrospectiva: “Joana d’Arco” (1900), “O Livro Mágico” (1900), “Sonho de um Sultão” (1900), “O Monstro” (1903), “O Maravilhoso Leque Vivo” (1904), “O Cavaleiro das Neves” (1912) e “A Conquista do Pólo” (1912), uma versão reduzida da adaptação feita por Méliès para o romance de Jules Verne sobre uma expedição científica ao Pólo Norte.
Outro destaque da mostra é “Garras de Ouro”, produzido na Colômbia, em 1926, por P.P. Jambrina e considerado o primeiro filme anti-imperialista na América Latina.
Os cinéfilos poderão conferir também uma homenagem a Gilberto Rossi (1882-1971). “Embora italiano, Rossi é o mais importante fotógrafo de cinema silencioso brasileiro”, diz o curador Carlos Roberto de Souza. A fama é fruto de sua extensa produção de cinejornais – reportagens de aproximadamente 10 minutos que passavam nas salas de cinema antes das sessões – entre os anos de 1921 e 1930. Uma exposição com fotografias de seu arquivo pessoal também é aguardada.
Como de costume, o evento exibe um longa ao ar livre. Desta vez é o filme de 1913 “Os Últimos Dias de Pompeia”, dirigido por Eleuterio Rodolfi. A fita terá acompanhamento musical ao vivo da Banda Jazz Sinfônica de Diadema, regida pelo maestro Todd Murphy. A sessão acontece no sábado (06), às 20h00.
Curiosidade
Para quem gosta de ver filmes raros, a dica é “Da Manhã à Meia-Noite”. O longa alemão de 1920, dirigido por Karl Heinz Martin, foi censurado no país de origem e também na Europa por conta de um intertítulo (aquelas legendas entre uma imagem e outra, comum em filmes silenciosos). Sua exibição aconteceu dois anos depois no Japão. A única cópia que restou foi digitalizada e será exibida terça (09), às 21h00, na Cinemateca. Esse é o único título que quebra a regra número 1 da Jornada: a de exibir apenas filmes em película.
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