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Escritório brasileiro vence concurso de arquitetura humanitária na África

A escola para meninas em Moçambique projetada por Klaus Schmidt do escritório KAS ARQ abrigará 250 alunas

Por Cristina Bava/CASACOR
1 dez 2022, 10h00
Escola para meninas em Moçambique projetada por Klaus Schmidt, do escritório KAS ARQ.
Escola para meninas em Moçambique projetada por Klaus Schmidt, do escritório KAS ARQ. (CASACOR/Veja SP)

Criar um projeto seguro e acolhedor para meninas da região de Moçambique, África, foi o objetivo do concurso promovido pela Archstorming em benefício da ONG Kurandza, que busca erguer seu novo centro de ensino e teve um time de brasileiros como vencedor. Klaus Schmidt, do escritório KAS ARQ, está à frente do projeto juntamente com Carolina Souza, Debora Nunes e Juliana Akemi, cujo construção está prevista para 2023. O novo centro contará com salas de aula, creche, áreas de alimentação, lazer e convívio. Pensado para promover a máxima integração entre alunas e professores, o edifício desenhado em ‘U’ permitirá que as crianças explorem, brinquem e aprendam com mais liberdade, já que seu formato privilegia a integração entre alunos e professores.

Escola para meninas em Moçambique projetada por Klaus Schmidt, do escritório KAS ARQ.
Escola para meninas em Moçambique projetada por Klaus Schmidt, do escritório KAS ARQ. (CASACOR/Veja SP)

Entre as premissas adotadas na concepção do espaço, estão a utilização de materiais de origem local, o emprego de sistemas construtivos simples, a autossuficiência energética e o respeito à natureza e às tradições locais. Desse modo, a sustentabilidade foi bastante contemplada no projeto. Além do formato semicircular que assegura a preservação das árvores existentes, foi prevista a instalação de placas fotovoltaicas para captação de energia solar e a construção de reservatórios subterrâneos para armazenamento e reuso da água de chuva.

Escola para meninas em Moçambique projetada por Klaus Schmidt, do escritório KAS ARQ.
Escola para meninas em Moçambique projetada por Klaus Schmidt, do escritório KAS ARQ. (CASACOR/Veja SP)
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O conforto do usuário é garantido pelas estratégias de arquitetura bioclimática, como ventilação e iluminação naturais e refrigeração passiva. Tecidos suspensos no teto, por exemplo, contribuem para a absorção sonora e funcionam como uma câmara de contenção de ar quente. Em termos de conforto, o telhado cria um grande caminho coberto ao redor do edifício que protege as salas de aula da luz solar direta e do calor intenso. Janelas pivotantes e painéis lúdicos ajudam a integrar os espaços internos e externos e permitem o controle de luz e ventilação conforme desejado. Feitos de tábuas de madeira pintadas, esses elementos foram pensados ​​para trazer uma atmosfera lúdica e dinâmica ao centro de ensino.

Escola para meninas em Moçambique projetada por Klaus Schmidt, do escritório KAS ARQ.
Escola para meninas em Moçambique projetada por Klaus Schmidt, do escritório KAS ARQ. (CASACOR/Veja SP)

Para Klaus Schmidt, é um momento “de muita felicidade para toda a equipe; estamos em êxtase com a conquista e em poder contribuir com uma causa tão nobre. Estamos contando as horas para ir à Moçambique ajudar na construção do projeto. É um marco em nossas carreiras e em nossas vidas. Não só pela projeção internacional, mas, principalmente, por participar da história da ONG Kurandza”, pontua, ao complementar que por meio desse projeto o time conseguiu demonstrar que não há restrições tecnológicas ou financeiras que impeçam um belo resultado arquitetônico. “É uma conquista da ONG e suas 250 alunas. Um motivo de orgulho para elas, suas famílias e todos os moradores da vila de Chivonguene. Que seja um grande passo para o desenvolvimento da educação feminina na região”, conclui Klaus.

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Escola para meninas em Moçambique projetada por Klaus Schmidt, do escritório KAS ARQ.
Escola para meninas em Moçambique projetada por Klaus Schmidt, do escritório KAS ARQ. (CASACOR/Veja SP)

 

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