Eu vim de lá
A redatora-chefe, Alice Granato, fala sobre a entrevista exclusiva com o rapper Criolo, entre outros destaques da edição
Ele cantou “não existe amor em SP…” e isso reverberou pelos quatro cantos. Mas tinha muita vivência e poesia por trás dessa letra. “Não é que as pessoas não se amam. É como São Paulo trata quem vive nesta cidade. Tem criança com fome, e a culpa não é da criança”, afirmou Criolo ao repórter Tomás Novaes. Ele e o fotógrafo Masao Goto Filho fizeram uma imersão no Grajaú, bairro onde o rapper foi criado, para entender suas raízes com profundidade e sentiram na pele sua alegria de circular pelas ruas e mostrar sua trajetória, passos importantes quando se completam 50 anos de vida.
Criolo também contou detalhes sobre seus projetos novos: um livro e discos de rap e samba, tudo de forma exclusiva. “O encontro com o Criolo me deixou muito feliz. O abraço dele é de paz”, contou Masao. Nas Amarelinhas, o escritor manauara Milton Hatoum, recentemente eleito imortal pela Academia Brasileira de Letras (ABL), também fala de sua origem à repórter Luana Machado. “Manaus é meu paraíso perdido”, diz.
Num encontro mágico do teatro, dois grandes monstros sagrados sobem ao palco: Amir Haddad e Renato Borghi, criadores libertários e essenciais da nossa dramaturgia, estão em matéria de Melina Dalboni. A edição brinda ainda a chegada da primavera com um ensaio belíssimo de Agliberto Lima, que percorreu as ruas da cidade atrás dos efêmeros ipês amarelos. Laura Pereira Lima revela em sua reportagem todos os detalhes da breve floração.
Que seja um tempo bonito e florido para todos.
Boa leitura!
Publicado em VEJA São Paulo de 19 de setembro de 2025, edição nº 2962