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Uma saída para o sofrimento dos cavalos

Vendo as imagens acima fica difícil não se solidarizar com o sofrimento causado pela exploração de cavalos. Muitas vezes considerados apenas animais de tração e não seres vivos, carecem de cuidados, vivem doentes e desnutridos e são obrigados a trabalhar à exaustão carregando grandes quantidades de peso. Alguns até morrem “em serviço”. Há quem fure […]

Por Carolina Giovanelli
Atualizado em 27 fev 2017, 10h50 - Publicado em 15 Maio 2013, 19h54
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Vendo as imagens acima fica difícil não se solidarizar com o sofrimento causado pela exploração de cavalos. Muitas vezes considerados apenas animais de tração e não seres vivos, carecem de cuidados, vivem doentes e desnutridos e são obrigados a trabalhar à exaustão carregando grandes quantidades de peso. Alguns até morrem “em serviço”. Há quem fure os olhos dos equinos para que eles não se assustem com o trânsito ao redor.

Da cidadezinha de Santa Cruz do Sul, no Rio Grande do Sul, surgiu no final do ano passado uma ideia que pode acabar com o problema. O casal de namorados formado pelo engenheiro de produção Jason Vargas e a publicitária Ana Paula Knak criou o Cavalo de Lata, um carrinho elétrico que substitui a carroça. A invenção salva a pele tanto dos cavalos quanto dos humanos que precisam viver puxando carretos por aí. “Essas pessoas querem se sentir bem trabalhando e não viver à margem da sociedade”, diz Vargas.

Outra iniciativa parecida, essa vinda de São Paulo e sem relação com os bichos, é a do Pimp My Carroça, em que os organizadores turbinam as carroças dos catadores e defendem seu reconhecimento como agentes ambientais.

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O carrinho elétrico: ideia gaúcha que pode ajudar o Brasil inteiro (Foto: Charles Kuhn)

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Com capacidade para 350 quilos, o veículo feito de aço carbono funciona tanto ao ser pedalado quanto por meio de aceleração (a bateria dura 50 quilômetros e deve ser recarregada na tomada). Vargas ainda está testando o produto, que deve chegar a seu projeto final daqui a cerca de dois meses. Ele travou uma parceria com a cooperativa de lixo de sua cidade, cujos integrantes dão dicas de como melhorar o automóvel. Sugeriram, por exemplo, a instalação de faróis.

O protótipo consumiu até agora 30 000 reais, levantados junto a uma empresa de borracha. A ideia é que o carrinho seja vendido por um valor que varie entre 10 000 e 12 000 reais. Como quem depende do cavalo para trabalhar não costuma, é claro, possuir essa quantia de dinheiro, o objetivo é que sejam feitas parcerias com o governo, cooperativas e negócios privados para ajudar a custear o benefício.

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Vargas e Ana Paula já receberam pedidos de interessados do Brasil inteiro. Quem quiser mais informações, pode entrar em contato através do e-mail cavalodelata@gmail.com.

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Jason Vargas e Ana Paula Knak, idealizadores do projeto: a ideia é que o veículo seja vendido por valores entre 10 000 e 12 000 reais (Foto: Charles Kuhn)

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