Voluntários fazem criação caseira para proteger abelhas
A ideia é da ONG SOS Abelhas sem Ferrão, que quer preservar espécies nativas
Em janeiro, 200 pessoas estavam na fila do projeto SOS Abelhas sem Ferrão para receber uma colmeia com cerca de 5 000 insetos. É possível conservá-la em casa, em apartamento ou estabelecimento comercial. A ideia é proteger as 300 espécies nativas que ficaram esquecidas enquanto a europeia Apis mellifera, mais forte e produtiva, dominava o mercado. “Entre os meliponicultores da Grande São Paulo, 70% começaram a criar esses exemplares de 2015 para cá”, diz Celso Barbiéri, diretor científico da ONG.
O mel produzido por essa categoria tem sabor complexo e diferentes níveis de glicose, frutose e água. Ele aparece cada vez mais no menu de chefs como Ivan Ralston, do restaurante Tuju, em Pinheiros, onde vivem abelhas mirim, jataí e iraí. A demanda do setor gastronômico costuma ser suprida pela Mbee, em Atibaia, criadouro dedicado aos tipos de inseto sem ferrão há quatro anos. A maioria dos interessados, porém, cuida das abelhas por hobby, sem extrair o mel.