Mostra ‘Tomie Ohtake Dançante’ celebra vinte anos do instituto
A conversa entre dança e pintura é o mote da exposição em cartaz no espaço dedicado à artista japonesa (1913-2015), em Pinheiros
Podem pinturas e esculturas dançar? A conversa entre essa dupla de linguagens com a dança é o que conduz Tomie Ohtake Dançante, mostra em comemoração dos vinte anos do instituto dedicado à artista japonesa (1913-2015), em Pinheiros.
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Dos seus mais de sessenta anos de carreira, foram escolhidas, pelos curadores Paulo Miyada e Priscyla Gomes, 45 obras, divididas em três núcleos expositivos.
O primeiro deles é rasgos e combinações, com pinturas da década de 60 feitas a partir de revistas rasgadas. O chão é revestido por uma espuma vermelha, que amortece os passos do visitante enquanto ele acompanha a “coreografia”.
Tatear a matéria fica em um ambiente escuro e evidencia as chamadas “pinturas cegas”, nas quais Tomie trabalhou com pinceladas de olhos fechados. Em seguida, planos e profundidades tem pinturas diversas da artista, produzidas entre os anos 70 e 2010.
Nessa sala, são exibidos registros em vídeo de cinco ensaios abertos de coreógrafos como Allyson Amaral, Cassi Abranches e Emilie Sugai que aconteceram neste ano na casa-ateliê de Tomie, no Campo Belo. Em paralelo, a exposição Tomie Ohtake Ensaios, no térreo do instituto, aborda as inspirações para as coreografias e seus processos criativos.
Livre. Avenida Faria Lima, 201 (entrada pela Rua Coropés, 88), Pinheiros, ☎ 2245-1900. → Ter. a dom., 11h/20h. Grátis. Até 19/3. institutotomieohtake.org.br.
Publicado em VEJA São Paulo de 7 de dezembro de 2022, edição nº 2818
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