Paulo Nazareth exibe obras inéditas em homenagem a mãe e avó

Quando não anda descalço, Paulo Nazareth utiliza calçados produzidos por ele mesmo, chamados de Nazarethana. A prática remete à sua mãe, Ana Gonçalves da Silva, que, quando pequena, confeccionava seus próprios sapatos a partir de sobras de couro. Essa é uma das memórias que o mineiro utiliza em Nazarethana, que abre na segunda (1º).

São desenhos, cadernos, esculturas, fotografias, filmes, instalações e bordados inéditos que homenageiam, também, a avó, Nazareth Cassiano de Jesus, e trazem inspiração de deuses africanos, indígenas e greco-romanos. A avó, do território indígena Borun, no Vale do rio Doce, foi internada por duas décadas por seu empregador no Hospital Colônia de Barbacena — notório pelos maus-tratos aos pacientes — até ser declarada desaparecida em 1964.

Em 2025, o artista teve individuais, também, em Nova York e Bruxelas. Mendes Wood DM. Rua Barra Funda, 216, Barra Funda, ☎ 3081-1735. → Seg. a sex., 11h/19h. Sáb., 10h/17h. Grátis. Até 25/10.

Publicado em VEJA São Paulo de 29 de agosto de 2025, edição nº 2959.

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