Parque Ibirapuera ganha exposição gratuita ao ar livre
Décima Mostra 3M de Arte fica em cartaz até 6 de dezembro e conta com dez obras de arte. Curadoria é da mineira Camila Bechelany
![Mostra 3M de Arte no Ibirapuera: passeio gratuito](https://gutenberg.vejasp.abril.com.br/wp-content/uploads/2020/11/1604935107100797.jpg?quality=70&strip=info&w=1030&h=600&crop=1)
Um dos espaços públicos mais importantes da cidade de São Paulo, o Parque Ibirapuera recebe a décima Mostra 3M de Arte. A exposição gratuita conta com dez obras, fica em cartaz até 6 de dezembro e tem curadoria da mineira Camila Bechelany, que já integrou a equipe curatorial do Masp.
A temática da exposição é Lugar Comum: Travessias e Coletividades Na Cidade. Ela se desdobra em uma reflexão sobre o papel do indivíduo como agente transformador do espaço público. Visitantes que queiram acionar os educadores da mostra devem se atentar ao horário que o setor educativo estará em funcionamento por lá: de segunda a domingo, das 10h às 21h.
Participam Maré de Matos (SP), Narciso Rosário (PI), Coletivo Foi à Feira (SP e ES), a dupla Gabriel Scapinelli e Otávio Monteiro (SP), Camila Sposati (SP), Cinthia Marcelle (MG), Diran Castro (SP), Lenora de Barros (SP), Luiza Crosman (RJ) e Rafael RG (SP).
![3M_015](https://gutenberg.vejasp.abril.com.br/wp-content/uploads/2020/11/3M_015.jpg?quality=70&strip=info&w=650)
No conjunto de obras é possível sublinhar a participação de Maré de Matos, que cria a instalação Púlpito Público. Lá, os visitantes se sentem em casa para fazer suas reivindicações com megafones abertos e disponíveis. Também é importante falar da releitura da obra Geografia [série Unus Mundus], feita por Cinthia Marcelle. A partir da progressão geométrica simples, mas em grande escala, braços de mangueiras de jardim unem um curso d’água a uma torneira se repetindo numa progressão constante e “infinita”, já que seu fim não é revelado.
![3M_002 Púpito de Maré de Matos](https://gutenberg.vejasp.abril.com.br/wp-content/uploads/2020/11/3M_002.jpg?quality=70&strip=info&w=650)
Ao inverter o sentido “natural” da água canalizada, da torneira para o lago, Marcelle provoca a reflexão de que a água está sempre em movimento e ainda a constatação de que uma torneira não é algo tão banal quanto parece. “A água canalizada é uma das principais conquistas da civilização moderna e ela implica de forma decisiva em como o controle sobre recursos naturais e a consequente gestão desses bens ‘universais’ auxilia a organização da cidade”, explica a curadora Camila sobre o trabalho.
(Com informações da Agência Brasil)