Germana Monte-Mór tem nova exposição na Galeria Estação
Trabalhos foram pintados com tinta óleo e uma solução com asfalto diluído
![Obra da série Nascido (2020), de Germana Monte-Mor: parte da exposição na Galeria Estação](https://gutenberg.vejasp.abril.com.br/wp-content/uploads/2020/09/Nascido.jpg?quality=70&strip=info&w=373&h=530&crop=1)
A artista Germana Monte-Mór apresenta 21 pinturas na Galeria Estação. A exposição on-line entra em cartaz na plataforma Artsy, do dia 23 até o dia 27. “Anteriormente, as formas que eu criava eram acompanhadas de sombras, que eu fazia na própria pintura. Agora, utilizo duas telas sobrepostas e essas sombras surgem em uma das camadas, de forma concreta no trabalho”, explica a carioca.
Outro aspecto importante do trabalho de Germana é a forma com que ela usa as cores. “São dois tons, pá, pum, você não demora para percebê-los”, detalha. Para além disso, esse jeito meio seco possibilita o uso das cores em uma investigação sobre a ocupação do espaço, que nesse caso é a tela.
Em uma delas da série Nascido (2020), a cor branca avança em quatro grandes blocos, enquanto um tom parecido com cáqui, com nuances, ocupa as fendas laterais e centrais. Se você se concentra no primeiro grupo de elementos, a composição parece uma. Se você se concentra no segundo grupo, a composição parece outra. Não se trata de um modificação radical, é algo mais sutil, que parece transformar o trabalho por meio de um movimento, que depende dos olhos e dos tons, e não de qualquer remexido físico.
![WhatsApp Image 2020-09-18 at 13.34.52 Vista geral do segundo piso da Galeria Estação: exposição de Germana Monte-Mor](https://gutenberg.vejasp.abril.com.br/wp-content/uploads/2020/09/WhatsApp-Image-2020-09-18-at-13.34.52.jpeg?quality=70&strip=info&w=650)
Germana utilizou nas pinturas apresentadas tinta a óleo e uma solução diluída de asfalto. Na verdade, usamos genericamente esse tempo quando falamos da pavimentação das ruas, ele se refere de forma mais específica a uma substância derivada do petróleo. “Ela tem uma cor café, quase preto. Diluindo ele em solventes, como tremembentina, encontra-se subtons, dos quais tiro partido”, conclui a artista.
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