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Blog do Lorençato

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O editor-sênior Arnaldo Lorençato é crítico de restaurantes há 30 anos. De 1992 para cá, fez mais de 15 000 avaliações. Também é autor do Cozinha do Lorençato, um podcast de gastronomia, e do Lorençato em Casa, programa de receitas em vídeo. O jornalista é professor-doutor e leciona na Universidade Presbiteriana Mackenzie
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Motique é o destino de pratos de vários países. Leia a Crítica

Casa tem entre os sócios a belga Charlotte De Cort e o paulistano Victor Magri

Por Arnaldo Lorençato Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
25 nov 2022, 06h00
Prato de cerâmica contendo uma panelinha de ferro com carne cozida, acelga cortada em tiras, batatas fritas e molho em um recipiente de alumínio
Stoofvlees: cozido belga de carne na cerveja. (Ligia Skowronski/Veja SP)
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Um espaço avarandado, cheio de verde e informalidade, daqueles para passar horas. Assim é o Motique, em funcionamento desde maio em Pinheiros.

Trata-se de um projeto do casal Charlotte De Cort e Victor Magri, ela de origem belga e ele paulistano. Enquanto Charlotte recebe a clientela com grande gentileza, o chef-executivo Victor se encarrega do cardápio, que contempla pratos de diferentes nacionalidades e estilos. Há ainda um terceiro sócio, o chef Vitor Gomes, que cuida do dia a dia da cozinha.

Casal com homem vestindo avental vermelho e sentado sobre balcão em ambiente do restaurante
O casal Victor Magri e Charlotte De Cort: ele responde pela cozinha e ela, pelo atendimento (Ligia Skowronski/Veja SP)

De inspiração árabe, o grão-de-bico cozido é temperado com molho de pimenta harissa, típica do Norte da África, de picante não muito intenso refrescado pela adição de iogurte com limão. Vem acompanhado de torradas de zátar e custa R$ 34,00. Outra entrada, essa ótima, tem origem no Extremo Oriente. Depois de cozido no vapor, o pão ao estilo chinês ganha a adição de um camarão grandalhão empanado mais sunomono (salada de pepino japonesa), molho teriyaki, maionese de pimenta sriracha e boa quantidade de coentro (R$ 60,00 o par).

O curry vegetariano, discretamente apimentado, lembra a Tailândia pela harmoniosa combinação de leite de coco, hortaliças variadas (ervilha-torta, cenoura em fios e pimentões vermelho e amarelo), folhas de limão kaffir, erva-cidreira, coentro, arroz de jasmim e castanha-de-caju (R$ 58,00). O arroz de jasmim da guarnição, porém, poderia ter cozido por mais alguns minutos — chegou à mesa muito firme, quase duro. Chama-se stoofvlees um dos pratos nacionais da Bélgica, um cozido de carne bovina na cerveja com fritas finas, acelga em tiras finas e maionese (R$ 72,00).

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Dois recipientes de cerâmica, um contendo arroz de jasmim e castanha de caju, e o outro um curry de vegetais, no qual uma mão segurando um recipiente despeja curry
Receitas do mundo: curry tailandês de vegetais (Ligia Skowronski/Veja SP)

No capítulo de encerramento, pule o charchar (R$ 22,00), um tartare de abacaxi com espuma de coco, crocante de coco e bala de menta absolutamente sem graça. Bom de verdade é o mimão (R$ 29,00), uma panacota de coalhada levemente ácida com emulsão e granita de jabuticaba.

Avaliação: BOM (✪✪✪)

Motique
Rua Simão Álvares, 985, Pinheiros, telefone 3814-9444 e 98301-7511
Das 12h até 15h e das 19h até 23h (sábado almoço até 17h; domingo só almoço, das 12h até 16h; fecha segunda)
Tem acessibilidade
motique.com.br

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Faixa de preço: $$ (R$ 166,00 a 245,00)

Veja o cardápio:

menu

 

 

 

 

 

Publicado em VEJA São Paulo de 30 de novembro de 2022, edição nº 2817

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