Massimo é demolido e vai virar edifício de 10 andares
Não que houvesse alguma esperança de o Massimo retornar — não o italiano Massimo Ferrari que emprestou seu nome ao restaurante e continua muito bem com seu sorriso largo (hoje, como consultor gastronômico da Rede Globo) –, mas o restaurante italiano que foi considerado um dos melhores do Brasil. Símbolo de requinte culinário, o endereço no número 1826 […]
Não que houvesse alguma esperança de o Massimo retornar — não o italiano Massimo Ferrari que emprestou seu nome ao restaurante e continua muito bem com seu sorriso largo (hoje, como consultor gastronômico da Rede Globo) –, mas o restaurante italiano que foi considerado um dos melhores do Brasil. Símbolo de requinte culinário, o endereço no número 1826 da Alameda Santos, frequentado por socialites e figurões da política, veio abaixo e até o fim deste mês deve estar estar pronto para receber um empreendimento imobiliário.
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O restaurante, administrado pelo sócio Venanzio Ferrari, irmão de Massimo, fechou as portas em 27 de setembro de 2013 depois de sangrar por problemas de administração e constante fuga de clientes. Encerrava-se naquele momento um dos mais importantes capítulos da alta cozinha paulistana. Com a queda da última pilastra da fundação que deve ir ao chão em questão de dias, o símbolo culinário desaparece por completo. Permanece vivo apenas na memória de quem teve a chance de frequentar seu enorme salão e na extensa coleção de críticas e matérias que a imprensa especializada lhe dedicou.
Até a semana passada, restava muito pouco do antigo restaurante. Permaneciam em pé apenas algumas paredes e um luminoso com o logotipo que por anos identificou a casa: um chef de cozinha caminhando com um prato protegido por aquela tampa de prata conhecida com o nome francês de cloche, cercado pelo nome Alameda Park Gastronomia, razão social da empresa.
A família proprietária do terreno de 1.2000 metros quadrados em que foi construído o imóvel pelo sistema de comodato iniciou a derrubada em agosto. “Até o fim deste mês, o trabalho de demolição e remoção de entulho deve estar pronto”, adianta Roberto de Lara Campos Sheldon Neto, cujo bisavô Renato foi dono da importadora Martins Borges, especializada em vinhos e bacalhau e que adquiriu a propriedade em 1940.
Sheldon Neto conta que seus avós eram muito amigos dos Ferrari, desde que os imigrantes italianos eram donos da churrascaria Cabana, na Avenida Rio Branco, no centro que era o lugar mais chique da cidade e Paulista, apenas um corredor de mansões. O empresário diz que seus avós cederam o terreno para a construção do restaurante com uma carência de aluguel até 1990. Só depois se iniciou a cobrança. No início dos anos 2000, a avó de Sheldon Neto entrou com uma ação revisional do valor de aluguel. Em 2011, foi interrompido o pagamento do aluguel, que acabou resultando no despejo do restaurante no fim de setembro 2013.
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O terreno não permanecerá vago. No lugar surgirá um edifício comercial de dez andares para a locação. “É o máximo permitido por causa da lei de zoneamento”, diz Sheldon Neto. Embora ainda não esteja em construção, o empresário já escolheu a incorporadora. Será a Stan.
Caderno de receitas:
+ Espaguete cacio e pepe, do chef Carlos Bertolazzi
+ Il vero fettuccine Alfredo di Roma
+ Tiramisu original. É bico!
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Memória de minha última refeição no Massimo:
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