Ex-atriz japonesa comanda novo café na Japan House
Com previsão de abertura para 4 de junho, novo espaço terá cafés, chás e bolos
Quem visita a Japan House já não pode mais fazer uma pausa no Imi Café. A casa especializada em yogashi, a versão ocidentalizada da confeitaria japonesa, deixou o centro cultural em março. O novo ocupante do espaço no térreo da instituição chama-se Café Sabor Mirai e tem previsão de começar as operações em 4 de junho.
À frente do negócio está Kyoko Tsukamoto, ex-atriz japonesa, que ficou famosa no cinema nacional ao protagonizar o filme Gaijin – Os Caminhos da Liberdade de 1980 ao lado de Antonio Fagundes. Hoje, mantém o Café Sabor Mirai no número 620 da Rua Tomás Carvalhal, no Paraíso. O estabelecimento abre somente de segunda a sexta e costuma receber muitos japoneses que estão a trabalho em São Paulo.
“Na Japan House, vamos ter a oportunidade de ampliar o nosso público. Por isso, aceitei o convite para abrir o café na hora”, conta Kyoko. O cardápio terá um blend exclusivo feito com grãos da Ipanema Coffees, em Minas Gerais, que entrará no expresso (R$ 6,00) e no coado (R$ 13,00).
Outra opção de bebida é o chá verde (R$ 15,00, 200 mililitros). O sencha é escuro e possui sabor amargo, já o houjicha é mais levinho, tem menor concentração de cafeína e coloração dourada.
As comidinhas prometem mudar de acordo com as estações do ano. Por hora, vai dar para provar o sanduíche de pão de forma artesanal recheado com ovo, presunto, pepino e maionese japonesa (R$ 16,00) e os bolos de chocolate e de matchá (R$ 10,00 cada um), ambos preparados com massa chiffon.
Condecoração e relações internacionais
Desde a primeira aparição em frente às câmeras até a criação da cafeteria, Kyoko percorreu um longo caminho. Ainda em Tóquio, trabalhou para estreitar as relações do Brasil e do Japão e foi responsável pelo “Clube do Brasil”, um local que servia como ponto de encontro para brasileiros que estavam a trabalho no país asiático. Pela ação, recebeu menção honrosa pela Ordem de Rio Branco na década de 80, sendo a primeira mulher a ser condecorada com o título.
Quando se mudou para o Brasil, em 2005, trabalhou por cinco anos na fazenda da Tozan (hoje, Azuma Kirin Company), em Campinas, que produz saquê e outros produtos da culinária nipônica. No período, Kyoko fomentou o turismo e a realização de eventos na produção.
Depois, prestou consultoria e auxiliou empresas do seu país de origem a entrarem no mercado brasileiro e resolveu fazer um “Clube do Brasil” ao contrário. É o projeto Mirai, que funciona no mesmo espaço do Sabor Mirai e dá suporte a famílias japonesas que precisaram se mudar para São Paulo por conta de trabalho. A ideia é que, por meio da cultura, do esporte e, finalmente, da gastronomia, eles se sitam mais acolhidos.
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