Cozinha do Lorençato convida Helô Bacellar
Dona do Lá da Venda, a chef e escritora, que planeja inaugurar sistema de delivery, dá uma deliciosa receita caipira
O Cozinha do Lorençato, um podcast de gastronomia, nasceu em junho do ano passado, mês de festas que se aproxima do fim. E para encerrar a temporada junina, nada melhor que conversar neste episódio #55 com uma especialista em cozinha caipira, a chef Heloisa Bacellar, a Helô. Aliás foi eleita a quituteira do ano em 2017 e teve seus salgados do Lá da Venda reconhecidos como os melhores da capital por três vezes pelo guia anual VEJA SÃO PAULO COMER & BEBER. A cozinheira reúne o melhor do mundo já que é formada também em culinária francesa pelo liceu Le Cordon Bleu de Paris.
O Lá da Venda é um armazém com comidinhas e objetos. Não é lugar para comer e tchau. Tem todo um contexto de alegria e convivência
Helô Bacellar, do Lá da Venda
De prosa fácil e muita meiguice no olhar, Helô tem uma definição para seu espaço de trabalho, que segue fechado por causa da pandemia. “O Lá da Venda é um armazém com comidinhas e objetos. Não é lugar para comer e tchau. Tem todo um contexto de alegria e convivência”, explica a chef que está para iniciar sua versão delivery. No bate-papo, ela conta que vai reduzir a operação e concentrar tudo na unidade da Vila Madalena. Baixará de mais de 30 para apenas oito funcionários.
Além de cozinhar, ela, que foi dona da extinta escola de cozinha Atelier Gourmand, adora ensinar pelo canal que mantém na internet, o nacozinhadahelo.com.br. “Quando dou uma receita, quero que qualquer pessoa consiga fazer aquele prato”, diz com generosidade. E deixa também um conselho para quem quer aprender a pilotar o fogão. “O conselho essencial para um iniciante na cozinha é aprender a técnica. Com uma técnica boa, ele faz o que quiser.”
Quando dou uma receita, quero que qualquer pessoa consiga fazer aquele prato
Helô Bacellar, do Lá da Venda
Escrevi certa vez que Helô é uma Sherazade de forno e fogão ao descrever receitas como quem conta uma bela história. Então, não se surpreenda. Você vai se encantar como ela descreve a preparação de um prato na seção “Receitinha”, que encerra a prosa. É a paçoca de carne, que aprendeu ainda na infância. “Não tem receita fixa, só uma base”, define essa “comida pura de roça, comida caipira”. Pode ser feita com carne-seca ou fresca refogada. “É comida para aproveitar o que você tem em casa, para render”, enaltece, lembrando que essa paçoca salgada vem de uma época em que não havia geladeira.
O conselho essencial para um iniciante na cozinha é aprender uma técnica. Com uma técnica boa, ele faz o que quiser
Helô Bacellar, do Lá da Venda
Entre uma e outra pausa, Helô deixa escapar uma das melhores definições para cozinha que já ouvi “É afeto que transborda.” Para acompanhar a conversa, dá o play no YouTube, no Spotify, no Deezer ou aqui:
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