Vila Madalena: confira os destaques do bairro mais boêmio da cidade
Além dos bares, há pelo menos cinquenta galerias, ateliês e estúdios de arte
De passado rural e presente festeiro, o badalado bairro da Zona Oeste é também conhecido pelas galerias, estúdios, feiras de antiguidades e por abrigar casas de variados estilos musicais.
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Galerias ao ar livre e entre paredes
Famoso reduto de artistas e designers, o bairro sedia pelo menos cinquenta ateliês, estúdios e galerias de variados estilos. Entre as voltadas para a arte urbana, uma das mais famosas é a A7ma, na Rua Harmonia, 95-B. Os apreciadores de grafite ainda podem visitar o Beco do Batman, na Rua Gonçalo Afonso, hoje ponto turístico, e o menos conhecido Beco do Aprendiz, na Rua Belmiro Braga, ambos coloridos por desenhos temporários.
Três filhas, três vilas
Uma lenda popular entre moradores antigos afirma que, no início do século XX, o terreno onde surgiu a Vila Madalena pertencia a um português conhecido como Gonçalo. Ele teria batizado os três bairros vizinhos da região com o nome das filhas Madalena, Beatriz e Ida.
Tradição na cuíca
Após décadas de esquecimento, o Carnaval de rua voltou a fazer sucesso na capital nos últimos anos. Um total de 355 blocos participou da folia em 2016. Vários deles têm a Vila Madalena como endereço, como o Besta É Tu e o Chega Mais. A relação do samba com o bairro, no entanto, é mais antiga. Em 1973, foi fundada a escola de samba Pérola Negra, fruto da união entre a Acadêmicos de Vila Madalena e o Bloco Boca das Bruxas. Nunca foi campeã do grupo principal, mas levou o título do de acesso em várias ocasiões.
Caldeirão de gêneros
O bairro não é apenas um dos mais movimentados na cena noturna, mas também um dos mais ecléticos. Confira quatro endereços para curtir um som dependendo do estilo musical de sua preferência.
Eletrônica. High Line. Rua Girassol, 144
MPB. Espaço Urucum. Rua Cardeal Arcoverde, 1598
Jazz. Madeleine. Rua Aspicuelta, 201
Samba. Vila São Justino. Rua Harmonia, 77
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Celeiro das antiguidades
Um antiquário a céu aberto. Assim pode ser definida a tradicional feirinha da Praça Benedito Calixto, que ocorre desde 1987 aos sábados, das 9h às 19h. Cerca de 300 expositores instalados em barracas vendem itens peculiares como discos raros, brinquedos antigos e móveis reformados. Há ainda música e comidinhas.
Desce mais um
7 000 litros de chopp saem todo mês das torneiras do bar Astor, que tem decoração inspirada nos anos 50
Estrela de folhetim
O bairro também já fez sucesso na TV. Escrita por Walther Negrão e exibida entre 1999 e 2000 pela Globo no horário das 7, a novela Vila Madalena contava a trajetória de casais que tinham as suas vidas entrelaçadas. Entre os atores do elenco estavam Edson Celulari e Cristiana Oliveira. A trama se desenrolava tendo a vida noturna da região como pano de fundo e contou com a participação de moradores como o chargista Paulo Caruso.
Bem antes do metrô
Até a metade do século XX, a Vila Madalena era pouco mais do que uma área rural, e os moradores se locomoviam a cavalo por ruas de terra. A rede elétrica chegou às residências na década de 40. Bem depois, em 1954, a região ganhou uma linha de bonde. O ramal 28, que vinha da Praça Ramos, no centro, e já parava na Rua Fradique Coutinho, passou a circular também pelas ruas Aspicuelta, Fidalga e Purpurina. Com a novidade, as vias dali começaram a ser asfaltadas e ganharam iluminação pública. O trajeto durou até 1968.
Vibe nas esquinas
Quem circula pela Vila Madalena sabe que algumas ruas têm um nome bem poético. “Os moradores batizaram os logradouros junto com a prefeitura em meados da década de 30”, diz o historiador Eduardo José Afonso, professor da Unesp. O resultado são esquinas bem divertidas. Confira algumas abaixo.
Rua Girassol; Rua Harmonia; Rua Purpurina; Rua Simpatia; Rua Original