VEJA SÃO PAULO elege os melhores restaurantes, bares e comidinhas
Em uma festa para 1.400 convidados, realizada no dia 20 na casa de espetáculos Tom Brasil, foram anunciados os 44 campeões
Em uma festa para 1.400 convidados, realizada no dia 20 na casa de espetáculos Tom Brasil, foram anunciados os 44 campeões de restaurantes, bares e endereços especializados em comidinhas eleitos na 11ª edição especial “Comer & Beber – O Melhor da Cidade”, de Veja São Paulo. Pela primeira vez, homenageou-se uma personalidade gastronômica. Esse prêmio especial foi criado pela revista para destacar profissionais que tenham dado uma contribuição duradoura à boa mesa paulistana. A escolhida, Fortunée Henry, é fundadora e dona do bistrô La Casserole, que funciona há 53 anos no Largo do Arouche. “Foi sensacional”, descreve Fortunée, de 85 anos. “Fiquei muito comovida.” A restauratrice francesa recebeu o diploma das mãos de Giancarlo Civita, presidente executivo do Grupo Abril. Dona Tuna, como é conhecida, distribuiu beijos e acenos aos presentes, que a ovacionaram.
Outra estreante no pódio, a chef Andrea Kaufmann, do AK Delicatessen, em Higienópolis, não conseguia conter a euforia. “É absolutamente inacreditável”, diz ela. “Nunca imaginei receber esse voto de confiança e tão rápido.” Aberto há apenas quatro meses, seu pequeno restaurante de culinária judaica moderna bateu recordes. Conseguiu atender oitenta pessoas no domingo, fora um batalhão que desistiu de esperar. Em dias normais, recebe no máximo 35 pessoas. Ainda entre as novidades desta edição, foi escolhido o franguinho assado de “televisão de cachorro”. A vitória ficou com a rotisseria Bologna. “Só no domingo, saíram 400 frangos, 20% mais do que de hábito”, conta José Mendonça, um dos donos da tradicional casa da Rua Augusta.
Belarmino Iglesias, proprietário do Grupo Rubaiyat, voltou para casa carregado de troféus. Com lágrimas nos olhos, o empresário subiu ao palco para ser laureado o restaurateur do ano. Faturou ainda o título de a melhor carne, concedido pela 11ª vez ao Baby Beef Rubaiyat, e o de a melhor cozinha de peixes e frutos do mar, atribuído ao Porto Rubaiyat, inaugurado em janeiro no Itaim. “Vendemos 280 cachorros-quentes no domingo, quando nossa média é cinqüenta”, diz Edgard Bueno da Costa, um dos donos da Lanchonete da Cidade, que ficou com o prêmio de o melhor cachorro-quente. “Tivemos de correr para comprar mais baguetes, porque todo mundo queria o sanduíche exatamente como está na foto da Vejinha.” Também faltou pão no Ritz, que levou a faixa de o melhor hambúrguer pela sexta vez. “Nosso gerente saiu para encomendar uma fornada extra no meio da noite de sábado”, revela a sócia Maria Helena Guimarães, que contabiliza um aumento de 35% nos pedidos do lanche no último fim de semana.
Proprietárias do Pain et Chocolat, em Moema, Cecília Nishioka e Erika Okazaki estavam rindo à toa. Meia hora antes de abrir no domingo, havia uma longa fila na porta da confeitaria. Nesse dia, 380 pessoas experimentaram o café-da-manhã premiado. Em estado de graça ficou Elídio Raimondi, dono do tradicional Elídio Bar, na Mooca, que aos 34 anos conquistou o posto de o melhor boteco. Mais de 600 pessoas foram conferir os petiscos preparados por ele. “Dei autógrafos na revista, por insistência de alguns fregueses”, diz. Mesmo casas que só receberam indicações do júri viram seus salões lotar. “Tivemos um aumento de 40% no número de clientes no fim de semana”, afirma Maurício Ganzarolli, chef do Bananeira, indicado em cozinha brasileira. “Muitas pessoas desciam do carro levando a edição especial e pediam os pratos sugeridos pela revista.”