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Val Marchiori é investigada por suposto crime ambiental em empreendimento

Inquérito apura se residencial em Piracaia (SP), do qual ela é sócia, está em área de preservação ambiental

Por Hyndara Freitas
Atualizado em 31 mar 2023, 17h35 - Publicado em 31 mar 2023, 06h00
Val Marchiori.
 (Alexandre Battibugli/Veja SP)
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A socialite e empresária Val Marchiori é alvo de uma investigação do Ministério Público por ter supostamente cometido crimes ambientais. Ela é sócia de um empreendimento residencial chamado Lago de Como, em Piracaia, que estaria em área de preservação ambiental.

De acordo com o MP, há indícios de que ela cometeu os crimes de danificação de área de preservação permanente, cuja pena é de detenção de um a três anos ou multa, e de ter divulgado obra antes de possuir autorização dos órgãos estaduais ou municipais, cuja pena é de prisão de um a quatro anos. Em novembro, ela conseguiu, no Tribunal de Justiça de São Paulo, trancar a investigação em relação ao primeiro crime, mas o inquérito continua, em sigilo, para apurar se ela de fato começou a divulgar e a vender lotes do empreendimento e sem que o Grupo de Análise e Aprovação de Projetos Habitacionais do Estado de São Paulo (Grapohab) tivesse autorizado a obra.

Val publicou foto no Instagram falando do residencial.
Val publicou foto no Instagram falando do residencial. (Instagram/Reprodução)

Em maio de 2020, Val Marchiori falou do empreendimento no Instagram, onde tem 1 milhão de seguidores. “Encantada com a beleza deste local abençoado! Em breve #residenzialelagodecomo”, publicou. Também há um vídeo no YouTube divulgando o projeto, que fica ao lado da Represa Cachoeira, parte do Sistema Cantareira. Segundo Vejinha apurou, há indícios ainda de que ela já havia começado a vender alguns lotes, sem que os compradores soubessem da situação do local.

Esse não é o único imbróglio jurídico de Val. No início do mês, o empresário Paulo Ricardo Silva acionou a Justiça contra a socialite porque alugou um barco dela, mas nunca teve acesso à embarcação. Segundo a ação, ele reservou o barco entre 27 e 31 de dezembro, por 55 550 reais, e pagou adiantado. No dia 27, o empresário mandou abastecer a embarcação com diesel e gastou mais 5 394 reais. No dia 29, foi até a marina para pegar o iate, mas foi informado pela corretora de que o barco estava em manutenção. Ao entrar no Instagram de Val, lá estava ela: a bordo do Hello, o barco que havia alugado para ele. O homem ficou a ver navios e agora pede seu dinheiro de volta, além de mais 10 000 reais de danos morais. Em nota, a defesa de Paulo afirmou que ele tentou dialogar, mas a socialite “sempre se demonstrou intransigente, obrigando-o a ingressar com o processo”.

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Ainda não houve decisão. Outro processo foi impetrado por Evaldo Ulinski, seu ex-marido, com quem ela tem dois filhos. Ele diz que Val transferiu imóveis que estavam em uma empresa dos filhos, quando eram menores de idade, para uma empresa só dela. O processo está tramitando.

Em nota, a defesa de Val disse que em momento oportuno “todas as provas serão apresentadas pela incorporadora” para mostrar “a correção do empreendimento e que não houve qualquer crime”. Informou também que ainda não foi citada sobre o processo do barco e que, em relação ao processo movido pelo ex-marido, não houve nenhum esvaziamento de patrimônio e que “todas as providências adotadas foram exclusivamente na defesa dos interesses de seus filhos”.

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Publicado em VEJA São Paulo de 5 de abril de 2023, edição nº 2835

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