USP concede diploma póstumo para estudante assassinada em Itaquera
Bruna Oliveira da Costa cursava mestrado quando foi vítima de feminicídio em abril
A Universidade de São Paulo (USP) concedeu nesta semana um diploma póstumo de mestrado para a estudante Bruna Oliveira da Silva. Ela foi assassinada no entorno da estação Itaquera, na Zona Leste, em abril, quando retornava para casa.
A homenagem foi realizada durante a primeira edição do Seminário sobre Feminicídio e Violência contra as Mulheres, que ocorreu no campus da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH), da USP, e contou com a presença dos pais da jovem, Simone da Silva e Florisvaldo Araújo de Oliveira.
Na ocasião, a mãe de Bruna falou sobre o ocorrido e agradeceu a instituição: “Ela foi tirada de nós justamente pelo que defendia: a segurança, as mulheres, a luta contra a desigualdade social. Sou muito grata a essa instituição e sei que o legado dela não vai terminar”.
A estudante de 28 anos cursava o Programa de Mudança Social e Participação Política da EACH e deixou um filho de 7 anos.
Lembre o caso
Bruna desapareceu no dia 13 de abril, quando foi vista pela última vez no entorno do Terminal Itaquera, caminhando em direção a sua residência, que fica a 20 minutos da estação. Na noite do crime, ela retornava da casa do namorado e estava com a bateria baixa para pedir um carro de aplicativo. A estudante chegou a se comunicar com familiares pouco antes do ocorrido.
Quatro dias depois, o corpo dela foi encontrado nos fundos de um estacionamento na Avenida Miguel Ignácio Curi, na Zona Leste, com marcas de agressão. Na autópsia, identificaram que a causa da morte foi asfixia por estrangulamento e a investigação encontrou imagens de segurança obtidas pela polícia mostraram que a jovem foi abordada por um homem enquanto caminhava.
O suspeito foi identificado como Esteliano José Madureira, de 43 anos. Um retrato falado, feito com auxílio de IA, foi divulgado e, logo depois, a polícia encontrou ele morto com marcas de tortura.