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PDT suspende Tabata e mais sete por votos pró-reforma da Previdência

Eles responderão processo administrativo na Comissão de Ética da sigla

Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 17 jul 2019, 15h10 - Publicado em 17 jul 2019, 14h58
Tabata Amaral votou na direção contrária à pedida pela presidência de seu partido, o PDT (Reprodução/Veja SP)
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A deputada federal Tabata Amaral (SP) e outros sete parlamentares do PDT foram suspensos do partido por terem votado a favor da reforma da Previdência no primeiro turno de votação da proposta na Câmara. Eles responderão processo administrativo na Comissão de Ética da sigla, que prevê uma decisão em até sessenta dias. 

A Executiva Nacional do partido se reuniu nesta quarta (17) para debater os votos contrários à orientação do PDT, que havia fechado questão contra a reforma. “Por decisão da maioria, os deputados também estão com suas representações partidárias suspensas até que o processo seja concluído – o que pode demorar até sessenta dias”, informou a sigla.

De acordo com o presidente nacional da legenda, Carlos Lupi, a decisão do Diretório Nacional é soberana e representa todas as instâncias partidárias. “O diretório nacional decidiu. Temos uma proposta paralela que Ciro (Gomes, candidato do partido à Presidência em 2018) está nos ajudando a levar a todos os cantos do Brasil e que achamos que seja uma reforma justa. Todos tiveram todas as instâncias partidárias para discutir, apresentar propostas.”

Lupi sinaliza que pode haver “evolução” nos casos de Tabata e dos outros deputados – já que a reforma ainda será votada em segundo turno na Casa, em agosto. “É importante lembrar também que ainda terá uma segunda votação na Câmara, em agosto. O ser humano vive da evolução. E acho que todos podem evoluir durante esse processo.”

Tabata não comentou a suspensão. Após votar a favor da reforma, ela disse: “A reforma que hoje votamos não pertence mais ao governo; ela sofreu diversas alterações feitas por esse mesmo Congresso. O sim que digo à reforma não é sim ao governo e também não é um não a decisões partidárias. Meu voto é um voto de consciência.”

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A Comissão de Ética do partido, que conta com cinco membros permanentes e mais três suplentes, inicia nesta quarta o processo disciplinar e garante que todos terão amplo espaço de defesa. Depois, um relatório será encaminhado à Executiva Nacional da legenda, que por sua vez, levará ao pleno do Diretório Nacional.

Além de Tabata, votaram a favor da reforma e estão suspensos do PDT os deputados Alex Santana (BA), Flávio Nogueira (PI), Gil Cutrim (MA), Jesus Sérgio (AC), Marlon Santos (RS), Silvia Cristina (RO) e Subtenente Gonzaga (MG).

Ciro critica reforma aprovada em primeiro turno

Sem citar a decisão do PDT ou os deputados favoráveis à reforma da Previdência, Ciro Gomes publicou nesta quarta, 17, uma sequência de tuítes em que critica a reforma aprovada em primeiro turno na Câmara. “Esta reforma é péssima tecnicamente porque não resolve nem remotamente o problema da previdência. Todos verão que o efeito fiscal dela para este governo será perto de zero e que agravará a depressão econômica em que estamos atolados.”

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Ao Estadão, nesta semana, Ciro disse que Tabata faz “dupla militância” e defendeu que ela e os outros sete deputados saíssem espontaneamente do PDT. “Ninguém pode servir a dois senhores”, disse, lembrando que ele próprio trocou sucessivas vezes de partido. “Eu acho que o mais digno é fazer o que eu fiz. Fui filiado e ajudei a fundar o PSDB, que tinha um programa lindo, que tinha uma série de propostas muito sérias, foi para o governo e fez o oposto. Chafurdou na corrupção, nas privatizações, na roubalheira. O que fiz? Saí.”

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