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SPTrans reage a proposta de Joice Hasselmann de acabar com o órgão

Empresa se manifestou após entrevista da pré-candidata a prefeitura para a Vejinha

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
29 ago 2020, 18h11
"Não serve para nada", disse Joice sobre a companhia (Fernando Moraes/Alexandre Battibugli/Veja SP)
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A SPTrans, a companhia de transporte de São Paulo, enviou à Vejinha uma nota de esclarecimento sobre o funcionamento do órgão após a pré-candidata a prefeitura Joice Hasselmann afirmar que “não serve para nada”.  Em entrevista ao repórter Pedro Carvalho, Joice contou algumas de suas propostas caso vença as eleições municipais. Entre elas, declarou que, para baixar o valor das passagens de ônibus (atualmente 4,40 reais), uma das iniciativas seria acabar com a SPTrans, “A prefeitura será dona das garagens e dos ônibus. Tem de acabar também a SPTrans, que não serve para nada”. Além disso, a pré-candidata aposta no fim dos subsídios da prefeitura para o setor, argumentando que, no Rio de Janeiro a prática não acontece e as empresas têm lucro.

“A SPTrans é responsável pelo gerenciamento e fiscalização de um dos maiores sistemas de transporte público por ônibus do mundo, que atualmente, mesmo durante uma pandemia, transporta, em média, por dia útil, 1,7 milhão de pessoas”, diz trecho do comunicado.

Leia, abaixo, a íntegra da nota da SPTrans.

“Em respeito aos leitores da Revista Veja São Paulo, a Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes (SMT) e da São Paulo Transporte (SPTrans), ressalta que a SPTrans é responsável pelo gerenciamento e fiscalização de um dos maiores sistemas de transporte público por ônibus do mundo, que atualmente, mesmo durante uma pandemia, transporta, em média, por dia útil, 1,7 milhão de pessoas em mais de 11 mil ônibus, com o objetivo de oferecer mais conforto nas viagens da população com a renovação e modernização gradativa da frota de ônibus. Os técnicos da SPTrans acompanham e realizam estudos permanentemente sobre a operação, tendo em vista que o sistema de transporte segue a dinâmica da cidade, que é viva e está sempre evoluindo.

Para garantir o deslocamento dos passageiros, a SPTrans vem mantendo a frota de ônibus disponível nas ruas sempre muito superior à demanda de usuários desde o início da pandemia. O grupo local de distribuição, que atende os bairros mais afastados da região central, está operando com 92,5% da sua frota para transportar 51% da demanda, enquanto a média da frota da cidade está em 86,48% para 51% de passageiros, um total de 11.081 veículos.

Sobre o subsídio no sistema de transporte coletivo municipal, é importante esclarecer que se trata de um instrumento de política pública que possibilita manter a tarifa em um patamar inclusivo e oferecer uma série de benefícios ao cidadão como gratuidade a idosos, estudantes e pessoas com deficiência. Ele é essencial também para a existência da integração gratuita em três ônibus, a integração com desconto com o sistema sobre trilhos, e para garantir a operação do transporte público. O subsídio não é para as empresas, mas sim para o sistema. Se não houvesse o subsídio, a tarifa em janeiro de 2020 seria de R$ 7,12, ou seja, R$ 2,72 acima dos atuais R$ 4,40.”

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