Basilicum e a nova cara das cantinas paulistanas
Ordem agora é valorizar as receitas originais italianas, ainda que haja uma ou outra modificação
Terceira casa aberta pelo restaurateur Daniel Marciano na Rua Tupi, a pequena Basilicum Trattoria se soma a um conjunto de restaurantes responsáveis por uma transformação das cantinas paulistanas, entre eles La Grassa, Pecorino e Allegro Cucina. Ficaram no passado as massas cozidas em excesso e os molhos cheios de creme de leite, como o romanesca, inventado em São Paulo. A ordem agora é valorizar as receitas originais italianas, ainda que haja uma modificação aqui e outra acolá.
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No cardápio da Basilicum, encontram-se pratos clássicos e mais modernos, todos preparados com simplicidade. Ricos em temperos e ervas, agradam ao paladar. O ossobuco (R$ 42,00) tem cozimento lento até ficar macio, quase desmanchando ao toque da faca. De guarnição, ganha polenta mole. O capítulo dedicado às massas revela-se melhor. Uma delas, o tortelli recheado de batata vem regado por ragu de pato (R$ 39,00). Esse macarrão inspira-se no varenique, uma variação de ravióli encontrada no Leste Europeu e difundida na cidade pela colônia judaica. De entrada, prove a berinjela gratinada sob uma capa generosa de parmesão e mussarela (R$ 16,00).
Não faltam bons doces para o arremate. O clássico tiramisu (R$ 14,00) surge em um copo para que se possam observar as camadas do pavê. Mais tentador, o biscoito de chocolate recheado de brigadeiro chega junto de sorvete de creme (R$ 14,00). A reduzida carta de vinhos inclui o chileno Domaine Conté Carmenère 2009 (R$ 65,00) e o italiano tinto Le Monache D.O.C. 2008 (R$ 94,00), produzido por Michele Chialo no Piemonte.
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