Sara Winter é presa pela Polícia Federal em Brasília
Líder do grupo 300 do Brasil foi presa por autorização do ministro Alexandre de Moraes, a pedido da PGR
Investigada por ameaças contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), a extremista Sara Giromini, conhecida como Sara Winter, foi presa temporariamente pela Polícia Federal na manhã desta segunda-feira (15), em Brasília.
Winter é líder do grupo 300 do Brasil, com inspiração militar, de apoio ao presidente Jair Bolsonaro. No fim de maio, depois que foi alvo de mandados de busca e apreensão autorizadas pelo STF, a extremista usou as redes sociais para ameaçar o ministro Alexandre de Moraes. À época ela disse que o Moraes “nunca mais teria paz” e que contaria com ajuda para descobrir onde ele mora e quem trabalha na casa dele.
O mandado de prisão foi expedido pelo próprio ministro, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) no inquérito que está investigando protestos antidemocráticos que pedem uma intervenção militar e o fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Congresso Nacional. Ao todo, seis pessoas foram presas hoje.
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Na noite de sábado (12), o prédio do STF em Brasília foi depredado por fogos de artifício. Imagens do ataque foram divulgadas em redes sociais, e o episódio foi criticado pelo presidente da corte, Dias Toffoli. O atque, no entanto, não tem relação com as prisões feitas nesta segunda pois, como afirma a PGR, os pedidos de detenção foram feitos um dia antes, na sexta-feira.
A advogada de Sarah, Renata Felix, informou que a prisão temporária é por cinco dias e que vai entrar com pedido de habeas corpus. “O objetivo das prisões temporárias é ouvir os investigados e reunir informações de como funciona o esquema criminoso”, diz a PGR, em nota. O inquérito corre sob sigilo.