Um blockbuster chamado salas 3D
São Paulo conta hoje com 76 salas para receber a avalanche de filmes em três dimensões
Há cinco anos, a rede Cinemark inaugurou seu complexo no Shopping Eldorado com uma novidade: a primeira sala digital com sistema 3D, exibindo o desenho animado “A Casa Monstro”. Sete meses depois, a cidade passou a contar com mais três espaços do tipo. Quando “Avatar” estreou, em dezembro de 2009, eram 26. O longa-metragem de James Cameron aprimorou a terceira dimensão e tornou-se um fenômeno de bilheteria, com renda de mais de 2,7 bilhões de dólares no mundo inteiro. Os produtores, então, apressaram-se em rodar outros filmes com a mesma tecnologia e os cinemas precisaram se adaptar aos novos tempos. Hoje, a capital paulista possui 76 salas, um número bastante expressivo.
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Para 2012, as exibidoras estão se armando para receber uma avalanche de títulos nesse formato. Só a rede UCI pretende espalhar mais oito projetores nos multiplex dos shoppings Anália Franco, Jardim Sul e Santana Parque. Até Adhemar de Oliveira, sócio-diretor do Bourbon, Frei Caneca e Morumbi, entre outros cinemas, planeja levar o 3D ao Espaço Unibanco da Rua Augusta, um reduto exclusivo de fitas cult, de arte e nacionais. “Se diretores como Wim Wenders, Martin Scorsese e Werner Herzog estão rodando seus longas em 3D, não dá mais para ficar de fora”, justifica. Os 65% dos entrevistados que aprovam o sistema de projeção vão ter muitas novidades no próximo ano. Entre os 33 longas previstos, quase um filme a cada onze dias, estão “As Aventuras de Tintim”, de Steven Spielberg, cuja estreia ocorre em 20 de janeiro, e “A Invenção de Hugo Cabret”, de Scorsese, prometido para 17 de fevereiro. Também são bastante aguardados “O Espetacular Homem-Aranha” e “Os Vingadores”.