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Laudo aponta 23 lesões no menino Henry por ação violenta

Segundo a perícia, a hipótese de acidente doméstico está praticamente descartada

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 12 abr 2021, 11h50 - Publicado em 12 abr 2021, 11h48
Montagem. Foto à esquerda mostra Henry sorrindo. À direita, Jairinho, de máscara, sendo conduzido a um carro da polícia
Caso de Henry Borel será tema de série documental da HBO Max (Reprodução/TV Globo/Divulgação)
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O laudo da reconstituição da morte do menino de quatro anos Henry Borel descartou qualquer possibilidade de acidente doméstico como causa do falecimento. A necropsia no corpo da criança também chegou a mesma conclusão. As informações são do programa Fantástico, exibido neste domingo (11).

De acordo com os peritos, as 23 lesões encontradas em Henry “apresentam característica condizentes com aquelas produzidas mediante a ação violenta”. Foram vistos pelos profissionais machucados como laceração no fígado, rins machucados e hemorragia na cabeça. O laudo ainda aponta outras lesões provenientes de ações violentas entre 23h30 e 3h30. Segundo o depoimento da mãe, o filho teria acordado três vezes no período e a perícia acredita que ocorreram agressões nesses intervalos.

Denise Gonçalves Rivera, perita da polícia do Rio de Janeiro, afirmou que não há a menor hipótese de Henry ter caído. “Fizeram todas as medições e viram que, em nenhuma dessas circunstâncias, ele teria essas lesões que a necropsia apresentou”, disse à Globo.

A defesa do vereador Jairinho e Monique Medeiros da Costa e Silva, principais suspeitos do caso, não se manifestou sobre todas essas novas informações obtidas pela as autoridades.

O delegado titular da 16ª Delegacia de Polícia Henrique Damasceno disse na última quinta-feira (8) que Dr. Jairinho é o responsável pela morte do filho da namorada. Segundo o delegado, a investigação continua, mas já existem provas suficientes para assegurar que a morte do garoto não foi um acidente, e sim um crime duplamente qualificado com emprego de tortura e sem possibilidade de defesa da vítima.

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De acordo com o policial, até o momento, não há como garantir que a mãe da criança tenha participado das torturas, mas Damasceno acrescentou que Monique foi omissa em não procurar a polícia para relatar uma agressão ocorrida no dia 12 de fevereiro, dentro do apartamento do casal. Conforme o delegado, a agressão ficou evidente em troca de mensagens entre Monique e a babá de Henry, Thayná, recuperadas pela polícia.

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