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Protesto contra laboratório que usava beagles tem conflito com a PM

PM usou balas de borracha e bombas de gás que atingiram até crianças; black blocs incendiaram três carros

Por Redação VEJA SÃO PAULO
Atualizado em 5 dez 2016, 15h31 - Publicado em 19 out 2013, 15h58

Uma passeata de ativistas que defendem os direitos dos animais terminou com violência na manhã deste sábado (19) . A manifestação foi convocada pelo grupo que resgatou os beagles do Instituto Royal, em São Roque, a 65 km de São Paulo, e seguia pela Rodovia Raposo Tavares em direção à sede da empresa. Na altura do quilômetro 56, porém, mascarados e membros dos black blocs que estavam no protesto colocaram fogo em um carro da Polícia Militar e outros dois de uma emissora de TV. A PM reagiu jogando bombas de gás lacrimogêneo e atirando com balas de borracha nos manifestantes. 

Seis manifestantes foram detidos – dois deles em flagrante enquanto ateavam fogo nos carros. Todos foram liberados entre a noite de sábado (19) e domingo (20).

O advogado André Zanardo, membro do grupo Advogados Ativistas, que dá assistência jurídica a manifestantes, foi atingido por uma bala de borracha. Crianças e adolescentes que participavam da passeata também sofreram os efeitos das bombas de gás lacrimogêneo. 

O objetivo do protesto era resgatar mais beagles que, segundo os ativistas, o Instituto Royal ainda mantém. A empresa faz testes farmacêuticos usando animais – não só cachorros como camundongos – como cobaia. 

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A empresa conseguiu na Justiça uma liminar que obriga os ativistas a permanecerem a cinco quilômetros de distância do Instituto Royal. Eles alegam que, além dos beagles, objetos eletrônicos foram furtados na invasão, que ocorreu na madrugada de quinta (18) para sexta (19). A polícia agora quer saber onde estão os cachorros levados naquela noite.  

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+ Resgate de beagles do Instituto Royal vira assunto do dia na internet e mobiliza famosos

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Pelo Facebook, a apresentadora Luisa Mell divulgou o seguinte relato: “Idosos, crianças e todos, sem distinção, sendo alvejados pela polícia com bombas de gás. Tropa de choque em peso. Pessoas presas e sendo levadas para a delegacia, incluindo advogados que vieram voluntariamente ajudar quem estava sendo preso. Estou sitiada entre a Policia e o Instituto e só ouço tiros e explosões. Compartilhem. O mundo precisa saber!”. Também no Facebook, a página Ajude os Beagles do Instituto Royal relata como foi o protesto. 

Uma petição contra o uso de animais pelo Instituto Royal já reuniu quase 350 mil assinaturas. 

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