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Promotoria arquiva investigação sobre conduta de vereador de SP

Zé Turin (PHS) era suspeito de coagir funcionários de seu próprio gabinete para conseguir empréstimos e não pagar de volta

Por Ricardo Chapola
7 out 2019, 14h29
Turin foi eleito vereador em 2016  (Divulgação/Facebook/Veja SP)
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O Ministério Público de São Paulo arquivou o inquérito que apurava se o vereador José Arivaldo Rodrigues, conhecido como Zé Turin (PHS), coagia funcionários de seu gabinete para conseguir empréstimos bancários. O parlamentar era suspeito ainda de não devolver o dinheiro aos servidores.

O parlamentar começou a ser investigado depois de uma reportagem publicada pelo The Intercept Brasil em novembro de 2018, na qual o site revelava o depoimento de um desses servidores. “Ele pedia ajuda porque dizia que estava endividado. E a gente ajudava porque era nosso chefe. Mas ele nunca pagou de volta”, afirmou o funcionário, que ocupava um cargo de confiança no gabinete. O salário do parlamentar é de 18.900 reais, cinco vezes o do funcionário (cerca de 3.500 reais).

Esse servidor revelou ao site ter emprestado 38.000 reais a Turin em 2017. Ele também apresentou comprovantes de empréstimos feitos no banco.

Em fevereiro de 2019, a Vejinha revelou o depoimento de outro funcionário de Turin, que dizia ter sido coagido a emprestar dinheiro ao vereador. Luis Freitas foi indicado pelo parlamentar para trabalhar na prefeitura de São Paulo. O rapaz disse na época que estava devendo mais de 63.000 reais no banco. Ele também mostrou à reportagem mensagens de WhatsApp enviadas ao parlamentar, cobrando-o para devolver o dinheiro.

O Ministério Público decidiu arquivar a investigação por falta de provas. A promotoria informou, no entanto, que pode desarquivar o caso a qualquer momento, se houver o surgimento de novas provas.

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Em nota, Turin comemorou o arquivamento do inquérito e afirmou ter a consciência tranquila. “Desde o início acreditei na seriedade da Justiça. Fico feliz por ter provado minha inocência”, escreveu o parlamentar. “De qualquer modo, minha consciência sempre esteve tranquila e sempre tive certeza que a verdade e a justiça iriam prevalecer.”

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