Procon SP abre canal de denúncias para casos de intoxicação por metanol
Órgão publicou uma série de recomendações para consumidores de bebidas
O Procon-SP criou um atalho em seu site para receber denúncias sobre bebidas suspeitas de adulteração. A medida faz parte de um rol de ações do governo do estado de São Paulo para investigar os casos de intoxicação por metanol.
Agora, os consumidores que identificarem situações de bebidas suspeitas de adulteração, seja na compra em mercados ou ao consumir no local, podem acessar o site www.procon.sp.gov.br e utilizar um atalho para formalizar uma denúncia. A denúncia pode ser feita de forma anônima.
Até o momento, a Secretária de Estado da Saúde confirma 10 casos de contaminação e outros 27 em investigação. Há ainda um óbito confirmado e outros quatro sendo apurados.
Orientações
O órgão também publicou uma série de orientações aos consumidores. Embora, não seja possível identificar com precisão exata a adulteração de uma bebida sem análise laboratorial, algumas características podem ser observadas, como:
- Procure estabelecimentos conhecidos ou dos quais tenha referência;
- Desconfie de preços muito baixos – no mínimo podem indicar alguma falha como sonegação e adulteração, por exemplo;
- Observe a apresentação das embalagens e o aspecto do produto: lacre ou tampa tortos ou “diferentes”, rótulo desalinhado ou desgastado, erros de ortografia ou logos com “variações”, ausência de informações como CNPJ, endereço do fabricante ou distribuidor, número do lote, e outra imperfeição perceptível.
- Ao notar alguma diferença, não fazer testes caseiros como cheirar, provar ou tentar queimar a bebida. Essas práticas não são seguras nem conclusivas.
- Mais importante: fique atento a sintomas pós-consumo: visão turva, dor de cabeça intensa, náusea, tontura ou rebaixamento do nível de consciência, isso pode indicar intoxicação por metanol ou por bebida adulterada.
- Busque atendimento médico imediato: se houver qualquer sintoma suspeito, o consumidor deve procurar urgência médica sem demora.
- Comunique as autoridades competentes: Disque-Intoxicação (0800 722 6001, da Anvisa) para orientação clínica/tóxica; Vigilância Sanitária local (municipal ou estadual); Polícia (civil); Procon (órgão de defesa do consumidor); quando aplicável, outros órgãos relacionados (Ministério da Agricultura, etc.).
- Exija sempre a nota fiscal ou comprovação de origem: documento precisa ter todas as informações de identificação do fornecedor e da compra, isso ajuda na rastreabilidade do produto e é uma garantia para o consumidor em eventual reclamação.