Idade média dos paulistanos aumentou 48% nos últimos 100 anos, diz pesquisa
Estudo mostrou que maiores de 60 anos se concentram em alguns bairros centrais e população mais jovem, na periferia
Uma pesquisa da Fundação Seade divulgada nesta quarta-feira (20) mostrou que a idade média da população da capital aumentou nos últimos 100 anos.
O levantamento mostra que desde 1920, o número de habitantes de São Paulo cresceu 20 vezes: hoje somos 11,9 milhões de paulistanos. A taxa de crescimento populacional atingiu o seu ápice durante a década de 50, quando era 5,6% ao ano. A atual taxa é de 0,5% ao ano.
No caso da idade média, passamos de 24,6 anos em 1920 para 36,7 anos em 2021. A presença dos menores de 15 anos na composição etária reduziu pela metade e os maiores de 60 anos quadruplicaram a fatia na pirâmide. Entre os fatores apontados pela Fundação Seade para a mudança, a queda na taxa de natalidade, que passou de 34 para 13 nascimentos a cada mil habitantes. Outro indicador importante é a redução da mortalidade infantil: de 176 para 11 óbitos de menores de um ano a cada mil habitantes.
Nos nascimentos, o maior número ocorreu em 1982, com 256 300 bebês. Atualmente, nascem por ano cerca de 160 000 crianças.
Entre os mais velhos, os maiores de 60 anos se concentram na região central, com destaque para Alto de Pinheiros, com 29,2% dos residentes nessa faixa etária. As exceções são Sé e Brás, com 11,7% e 13,8% de idosos, respectivamente. Os bairros mais jovens ficam na região periférica, com destaque para Anhanguera, na Zona Norte, com 9,1% de idosos.
Os 11,9 milhões de residentes representam 26,6% da população do estado de São Paulo e 5,6% do Brasil. A capital paulita, de acordo com a Seade, é mais populosa que Portugal e Grécia.