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Rúgbi na periferia: administrador promove o esporte em escolas

Eduardo Pacheco preside a Hurra!, associação que capacita professores de edução física da rede municipal

Por Mariana Gonzalez Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
23 jun 2017, 18h05
Eduardo Pacheco, presidente da Associação Hurra! (Ricardo D'angelo/Veja SP)
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O administrador de empresas Eduardo Pacheco, de 47 anos, é apaixonado por rúgbi, que pratica desde os 17. “O esporte me ensinou a trabalhar em equipe, ser solidário, ter disciplina e respeito pelos outros”, comenta. “São valores capazes de transformar a vida das pessoas.” Foi com essa ideia, de mudar a realidade de quem precisa de ajuda, que ele e alguns amigos decidiram montar em 2009 a Associação Hurra!.

Ela capacita professores de educação física da rede municipal a ensinar a modalidade aos alunos. Além de a praticarem nas aulas regulares, os jovens também podem treinar nas horas vagas como opção extracurricular. Disputado em gramados, o esporte sofreu adaptações para caber na realidade das escolas públicas. Nelas, joga- se o tag rúbgi, versão europeia que mantém a essência das regras, mas sem nenhum contato físico. Nesses casos, as partidas ocorrem em quadras com piso de concreto. “É uma atividade mais inclusiva, pois permite times mistos, com meninos e meninas”, explica Pacheco.

A iniciativa começou em três escolas da Zona Sul e, hoje, tem parceria com 150 instituições públicas de ensino, atendendo mais de 30 000 crianças. A instituição atua ainda em uma unidade da Fundação Casa, a Ouro Preto, na Zona Norte, onde as aulas acontecem duas vezes por semana para 35 alunos. Eles recebem bolas, uniforme e tackle bag (espécie de saco de pancada para o treino).

O gasto anual da associação, que inclui locação de espaço para a sede, nove funcionários, capacitação de profissionais e compra de material, é de 1,5 milhão de reais, montante bancado pelas leis federal e estadual de incentivo aos esportes. Mesmo depois de saírem da fundação ou após terminarem o ensino fundamental, muitos decidem continuar a prática. É o caso de Felipe Papa, 18.

Ele conheceu a modalidade quando estudava no CEU Inácio Monteiro, em Guaianases, na Zona Leste, em 2010, e atualmente treina no clube Saracens Bandeirantes e na categoria juvenil da seleção brasileira. “Estou cursando educação física para me dedicar às crianças que estão no mesmo lugar no qual comecei”, comenta o jovem.

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Eduardo Pacheco hurra rugby rugbi
Eduardo Pacheco, presidente da Associação Hurra! (Ricardo D'angelo/Veja SP)

 

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