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Nos bastidores do musical “Priscilla”

Produção estreia hoje (17), no palco do Teatro Bradesco

Por Adriano Conter
Atualizado em 5 set 2025, 16h36 - Publicado em 16 mar 2012, 19h18
Priscilla, a Rainha do Deserto
Priscilla, a Rainha do Deserto (Adriano Conter/)
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Nos bastidores, prateleiras carregadas de perucas (são mais de 150), três costureiras a postos e uma atriz vestida de penas brancas dão a certeza de que as fantasias – muitas vezes construídas com objetos inusitados, como bolas e chinelos – são um personagem à parte e um dos maiores responsáveis pelo tom cômico de “Priscilla, Rainha do Deserto”.

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O musical tem estreia prevista para hoje (17) e empresta do longa-metragem homônimo de 1994 não só o roteiro, que acompanha duas drag queens e uma transexual em jornada pelo deserto a bordo de um ônibus antigo, mas a direção de arte que rendeu o Oscar de melhor figurino ao filme australiano. Na Broadway, a montagem kitsch estreou em 2011 e levou o prêmio Tony na mesma categoria.

O transformista Mitzi, interpretado por Luciano Andrey, exige 16 trocas de roupa durante as duas horas e meia de encenação. Algumas são feitas em poucos segundos. “É preciso ser muito ágil fora de cena”, conta o ator, cansado após oito horas de ensaio e sem previsão para encerrar o dia.

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Vista por 2,5 milhões de pessoas, “Priscilla” chega ao Teatro Bradesco sob a supervisão cênica de Simon Phillips e musical de Spud Murphy, ambos responsáveis pela primeira versão do espetáculo, ainda na Austrália, em 2006.

Para o ator Ruben Gabira, as trocas de roupa são ainda mais complicadas. Além dos figurinos, ele usa um apertado espartilho com enchimentos nos seios e nos glúteos para dar mais realismo à personagem Bernardette que, além de drag, é transexual. Sua maquiagem também é especial, mais delicada, como a de uma mulher comum durante o dia a dia. Para ficar pronto para o palco, Gabira leva cerca de duas horas se preparando.

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O trio de protagonistas também tem de passar por trocas de maquiagem. Para isso, valem-se de um truque: cada um tem uma série de máscaras com diferentes cores de sombra que podem ser substituídas rapidamente e ficam imperceptíveis aos olhos da plateia.

Além do figurino, outro destaque é a tecnologia empregada no espetáculo, que também precisa estar em sintonia com a equipe de 27 atores. Durante os ensaios, Phillips interrompe tudo porque um elevador não subiu rápido o suficiente ou porque Priscilla estacionou alguns metros adiante do que deveria. O ônibus é a maior engenhoca em cena. Possui 30.000 luzes de LED e exigiu que o palco fosse reforçado para receber o veículo de R$ 2,6 milhões.

Ensaiar tudo exaustivamente fez o ator André Torquato, de 18 anos, perder peso. O ator que interpreta Felicia e é o mais novo dos protagonistas. “A cada prova, o figurino fica um pouco mais largo”, conta, no camarim, enquanto come um hambúrguer no intervalo da preparação.

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Torquato faz seu primeiro grande papel no teatro após ter atuado como coadjuvante em “Gypsy” e “As Bruxas de Eastwick”. Com facilidade para o canto, o jovem diz ter ficado nervoso quando soube que a primeira fase do teste de elenco, em maio do ano passado, avaliava a habilidade de dançar dos candidatos.

Gabira, por outro lado, afirma ter ficado mais tranquilo. Ele diz que o trabalho foi como uma intuição confirmada. “Quando assisti ao filme, fiquei tão impressionado que tive a certeza de que interpretaria Bernadette algum dia no teatro.” Para construir seu personagem, ele conversou com drag queens e transexuais. “Ela é a personagem mais madura e feminina dos três, foi preciso mergulhar.”

Pop, o musical tem hinos GLS como “It’s Raining Men” e “Say a Little Prayer”, que ganharam arranjos repletos de vocais, que ajudam a criar o clima festivo. “Always on My Mind”, “True Colors”, “Material Girl” e “Hot Stuff” também fazem parte do repertório. “Priscilla” seria então um espetáculo gay? Gabira nega, enfaticamente. “A história é universal, uma celebração à vida.”

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