Muito além do ensino básico: escola prepara crianças para a vida
Primeira escola no Brasil a implementar um currículo de letramento digital, a Móbile Integral forma alunos capazes de se expressar em diferentes linguagens
No complexo mundo que nos cerca, é necessário saber se expressar em diferentes linguagens. Não é segredo para ninguém que o fenômeno da globalização tem exigido das pessoas fluência em idiomas. Além disso, desde muito cedo, as crianças estão rodeadas de tecnologia, num mundo cada vez mais digital; por isso, é imprescindível aprender a fazer uso ético dela na resolução dos mais variados problemas.
São essas demandas que a Móbile Integral, inaugurada em 2017, mas com a experiência de mais de 40 anos da Escola Móbile, quer suprir. Com a ampliação do período escolar, a Móbile Integral incluiu, desde o currículo do infantil 4 até o 9º ano do ensino fundamental II, uma série de diferenciais, como o ensino bilíngue e o curso de pensamento computacional e programação.
Para dar conta de um ensino bilíngue eficiente – que permita ao estudante navegar com fluência em dois idiomas, expressando ideias e sentimentos e estruturando textos verbais com competência –, os alunos são expostos à língua inglesa em várias situações do cotidiano escolar.
Assim, além de terem aulas específicas de inglês (e de espanhol), os alunos têm contato com a língua estrangeira em todos os cursos – mesmo naqueles dados em português – por meio de profissionais bilíngues que se comunicam com as crianças em inglês e estão presentes na sala de aula.
Os cursos de artes visuais, artes digitais e educação física também são dados em inglês para que os alunos possam estar imersos, em vários contextos comunicativos, nessa língua estrangeira. “O aluno sai da escola com um repertório de línguas que ele pode usar na conversa com amigos e com a família e em situações formais. E o mais importante: ele consegue transitar por ambas as línguas com facilidade e proficiência”, explica Maria Helena Bresser, diretora-geral da Móbile.
A Móbile Integral também leva a tecnologia a sério. Na escola, há um currículo específico de letramento digital. Julio Ribeiro, coordenador de tecnologia educacional da escola, explica que o currículo vai além da programação. “Queremos formar alunos que saibam usar a tecnologia para aprender mais e melhor, usá-la para resolver problemas inéditos de maneira criativa”, diz.
Integração
Na Móbile Integral, a união do ensino das diferentes áreas do conhecimento com a tecnologia é trabalhada de maneira transversal. Profissionais especialistas, os “integradores de tecnologia” fazem a ponte entre as disciplinas e o currículo de tecnologia.
Do infantil 4 ao 5º ano do ensino fundamental, a disciplina de jogos desenvolve, nos alunos, por exemplo, ainda de maneira off-line, o pensamento computacional, um dos eixos do letramento digital. “Decompondo um tabuleiro de verdade, as crianças aprendem lições importantes sobre como fragmentar um problema complexo em partes menores, encadear ideias e reconhecer padrões”, afirma Victor Menna, coordenador pedagógico de letramento digital.
Além dos jogos físicos de tabuleiro, a escola conta com brinquedos eletrônicos, como o Cubetto, robô que desenvolve o aprendizado de programação em crianças, e os robôs Dash, Dot e Sphero, usados para programações mais complexas. A partir do 6º e do 7º ano do ensino fundamental II, os alunos são apresentados à disciplina de pensamento computacional e programação, que trabalha, além das linguagens utilizadas para codificar, a estruturação de um tipo de pensamento lógico específico, um repertório instrumental e a capacidade de realização de projetos.
Esse trabalho vai além do tecnológico porque desenvolve uma série de competências socioemocionais essenciais para a vida, como a perseverança, a resiliência, a comunicação, a flexibilidade mental, entre outras. Por meio dessa disciplina, os alunos implementam soluções com linguagens de programação e desenvolvem ferramentas e aplicativos.
“O aluno não pode ficar restrito a uma única ferramenta, que, certamente, será substituída por outra antes mesmo de ele ingressar no ensino médio. Com uma boa flexibilidade cognitiva, repertório técnico e pensamento computacional bem desenvolvido, o aluno consegue acompanhar sem dificuldade o surgimento de novas tecnologias”, explica Menna.
Na prática, o aluno aprende lições que são importantes não apenas para a resolução de problemas tecnológicos, mas para qualquer área. “Quando você elabora um algoritmo, por exemplo, é preciso pesquisar, ver o que já existe, mobilizar seu repertório, abstrair padrões e criar procedimentos”, explica Maria Helena. “Tudo isso é trabalhado para ajudar a formar alunos éticos e competentes, pessoas que terão sucesso no futuro em qualquer área porque dominam línguas, têm pensamento crítico e sabem se posicionar na vida.”
DIFERENCIAIS MÓBILE INTEGRAL
- Inglês e espanhol – Alunos bilíngues e multiculturais.
- Artes – “Biblioteca cultural” de linguagens visual, musical, corporal e cênica.
- Jogos – Aprofundamento em jogos e suas estratégias e desenvolvimento do pensamento lógico e de competências socioemocionais.
- Letramento digital – Trabalha, além da codificação, a resolução de problemas e a expressão criativa por meio das tecnologias.
- Educação física – Programa de bases psicomotoras em que o pensar e o fazer caminham lado a lado.
- Ciência e tecnologia – Ensino de ideias-chave e das práticas das ciências naturais.
- Competências socioemocionais – Estimulação de capacidade criativa, trabalho colaborativo, perseverança e resiliência.
Saiba mais no site da Escola Móbile.