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MP vai investigar 17 coronéis da PM de São Paulo

Além deles, outros dois oficiais são alvo da Promotoria paulista

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
18 nov 2017, 14h29
 (Reprodução/Veja SP)
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O Ministério Público  de São Paulo abriu um inquérito civil para investigar atos de improbidade administrativa supostamente cometidos por 17 coronéis, um tenente-coronel e um capitão da Polícia Militar.

Entre os investigados estão o deputado estadual coronel Álvaro Camilo, do PSD, ex-comandante-geral da PM, e o juiz coronel do Tribunal de Justiça Militar Orlando Eduardo Geraldi.

O inquérito foi instaurado pela 5.ª Promotoria do Patrimônio Público da capital por informações denunciadas pelo tenente-coronel José Afonso Adriano Filho, que confessou a prática de crimes como desvio de dinheiro.

O caso ficou conhecido como Lava Jato da PM pela proporção das acusações contra a cúpula que administrou a corporação entre 2005 e 2012. O desvio é estimado em 200 milhões de reais.

Na portaria em que instaura o inquérito, o promotor Nelson Luís Andrade diz que as informações de Adriano caracterizam “fortes indícios de atos de improbidade administrativa”.

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Andrade relata ter pedido à Corregedoria da PM informações sobre suspeitas contra Adriano e colegas no suposto esquema. O promotor recebeu do órgão uma lista de 22 inquéritos policiais-militares (IPMs) instaurados entre 2015 e este ano em que há suspeita de crimes.

A investigação se concentra na contratação pelo comando de empresas de informática, manutenção de viaturas e material de construção.

Apesar de haver outros indiciados, só Adriano figura como denunciado por crimes relacionados aos IPMs.

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Adriano foi detido em março pela Corregedoria, que identificou desvio de 7 milhões de reais na relação do oficial com uma empresa de fachada de que o próprio tenente-coronel seria dono, a Construworld.

O esquema teria se repetido com outras vinte empresas.

Ele resolveu, então, escrever uma carta em que direciona perguntas a coronéis que participaram da administração da PM, indicando que teriam se beneficiado.

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O Tribunal de Justiça Militar disse esperar posição do MPE, “a quem compete a investigação”. Procurada pelo Estado para saber sobre os desdobramentos do caso, a Corregedoria da PM disse que a apuração corre sob sigilo.

O Coronel Camilo disse ter tomado conhecimento do inquérito civil pela reportagem e disse que, ao saber de supostas irregularidades, determinou a “imediata apuração” do caso e afastou o tenente-coronel das funções. Para ele, “o ex-PM tenta agora criar ilações para obter vantagens no processo”.

Com Estadão Conteúdo. 

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