Morre José Paulo de Andrade, ícone do rádio paulistano
Jornalista apresentava o "Pulo do Gato", na Rádio Bandeirantes, desde 1973
Faleceu nesta sexta-feira (17), às 6h, o jornalista e apresentador José Paulo de Andrade, 78, ícone do rádio paulistano em várias gerações. Ele apresentava na Rádio Bandeirantes (RB) os programas “O Pulo do Gato“, desde 1973, e “Jornal da Bandeirantes Gente“, desde 1978. Este último surgiu após a morte de Vicente Leporace, no mesmo ano. O trio inicial do programa era formado, além de Zé Paulo, pelos jornalistas Salomão Esper, 90, e Joelmir Betting (falecido em 2012).
A informação da morte de José Paulo de Andrade, ocorrida em decorrência da Covid-19 (ele estava internado há duas semanas no Hospital Albert Einstein) foi noticiada na RB às 8h em ponto, hora em que o Jornal Gente vai ao ar há 41 anos. “É com muita tristeza que comunicamos a morte do nosso colega e amigo José Paulo de Andrade. O Zé Paulo tinha 60 anos de rádio, 57 de Rádio Bandeirantes. Nosso companheiro no ar e fora dele. É com muita tristeza que comunicamos o falecimento dele. Hoje será um dia muito difícil para a família Bandeirantes”, disse Thays Freitas, diretora da emissora.
Zé Paulo, que era casado e tinha dois filhos (e uma neta), começou a carreira em 1960, aos dezoito anos, como rádio escuta na Rádio América. Aos 21, começou na Rádio Bandeirantes como locutor esportivo e repórter, onde permaneceu por quatorze anos. Em 1969, esteve no campo do Maracanã reportando o jogo do Santos contra o Vasco, que culminou com o milésimo gol de Pelé.
Sua história foi contada em 2018 no livro “Ninguém segura esse gato”, escrito pelo jornalista Cláudio Junqueira. Apaixonado pelo São Paulo FC, era um dos maiores formadores de opinião do Brasil.
Em 2009, Vejinha fez uma pesquisa com 1 000 paulistanos, que elegeram Zé Paulo como “a cara de São Paulo”.
Sobre a música “Acorda, São Paulo, do seu sono justo, é hora do Pulo do Gato!”, diariamente às 5h em ponto, ainda não há informação de continuação ou não da atração, atualmente apresentada pela jornalista Silvânia Alves.