Ministério Público denuncia 12 após investigação de cartel em SP
Segundo o jornal O Estado de São Paulo, ex-diretores da antiga estatal de energia nas gestões Mario Covas e Geraldo Alckmin são acusados de ter recebido propinas de R$ 4,03 milhões
Na última sexta-feira (31), o Ministério Público Federal denunciou doze investigados à justiça pelo pagamento de propina para fechar contrato com a Empresa Paulista de Transmissão de Energia (EPTE), diz o jornal O Estado de São Paulo. Eles são investigados por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro relativos a um aditivo de contrato firmado em 1998 pela multinacional francesa Alstom com a companhia de energia do governo de São Paulo.
Ex-diretores da antiga estatal nas gestões Mario Covas e Geraldo Alckmin são acusados de ter recebido 4,03 milhões de reais. Segundo a denúncia publicada pelo jornal, o pagamento de propina a funcionários públicos do Estado aconteceu entre 1998 e 2003, período das gestões dos respectivos governadores.
O consórcio formado por Alstom, Cegelec, ABB e Lorenzetti ganhou o direito de fornecer equipamentos para construção e ampliação de três estações de energia, no valor atualizado de R$ 181,3 milhões. Para assegurar o acordo, foram pagos 23,3 milhões em propina para funcionários da estatal, em valor corrigido, segundo o jornal.
A Alstom também é investigada pela formação de suposto cartel em contratos com o Metrô e a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).