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Maioria das empreendedoras negras de SP sobrevive com menos de um salário mínimo, diz pesquisa

Pesquisa também aponta que o percentual de mulheres brancas na base da pirâmide salarial é 33% e, quando se observa homens negros, são 22%

Por Raquel Tiemi
Atualizado em 26 set 2025, 15h06 - Publicado em 26 set 2025, 15h02
20 de novembro é feriado nacional da Consciência Negra e Dia de Zumbi dos Palmares
Empreendedoras negras ganham menos em SP (Tânia Rêgo/Agência Brasil/Divulgação)
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De um total de 473,4 mil mulheres negras empreendedoras na Região Metropolitana de São Paulo, cerca de 284 mil delas sobrevivem com até um salário mínimo como renda de seus negócios. O dado é de um levantamento realizado pelo Instituto Locomotiva e revela a maior vulnerabilidade desse grupo dentro do empreendedorismo.

A pesquisa aponta que quando comparado com mulheres brancas na base da pirâmide salarial, o percentual é de quase metade,  com 33%, e quando se observa homens negros, são 22%.

Ainda no contraste de raça, apenas 5% das negras empreendedoras ultrapassam o rendimento na faixa de quatro salários mínimos frente a 16% de mulheres brancas.

A metodologia da pesquisa seguiu 500 entrevistas presenciais realizadas com empreendedoras negras da Região Metropolitana de São Paulo, entre 9 e 22 de abril de 2024, com margem de erro de 4,4 pontos percentuais. O recorte considerou mulheres com pelo menos o ensino médio completo e renda mínima de um salário, representando 44% do perfil total da região.

Condições de estrutura do negócio

Ao analisar as dificuldades da estrutura do empreendimento, a precariedade também é evidenciada. Oito em cada 10 empreendedoras negras trabalham sozinhas, 13% contam com ajuda de outras pessoas e apenas 9% empregam formalmente.

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A formalização também não é ampla: apenas 27% possuem CNJ contra 45% e 43% das mulheres e homens brancos, respectivamente. Além disso, 55% das empreendedoras negras não possuem estabelecimento específico para o o negócio. Por outro lado, a realidade se inverte entre os brancos, já que 54% dos homens e 57% das mulheres brancas empreendedoras possuem espaço próprio.

Quando analisada a sustentabilidade financeira, a pesquisa apontou para fragilidades. Apenas 41% das mulheres negras afirmam que o faturamento cobre todos os custos todos os meses, e para 59% isso só ocorre em alguns períodos.

Já o lucro, os dados revelam que 35% afirmam que ele é suficiente para custear suas despesas pessoais, mas apenas 9% conseguem poupar mensalmente.

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Nas entrevistas, muitas das mulheres acreditam no empreendedorismo como um espaço de potências, mas apontaram que é preciso medidas para que isso se concretize.

Entre as prioridades, elas citaram a criação de aplicativos de gestão do negócio, consultoria especializada, redes de apoio para cuidados infantis, programas de capacitação continuada e linhas de crédito facilitadas, adaptadas às suas realidades.

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