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Lojistas do Mercadão voltam a ser autuados um mês após “golpe da fruta”

Fiscalização do Procon constatou produtos sem informação de validade, sem preço correto ou mesmo informação de origem

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 24 mar 2022, 14h04 - Publicado em 24 mar 2022, 13h25
fiscais do Procon
Entre as irregularidades averiguadas nesta nova visita, os estabelecimentos não informavam corretamente o preço dos produtos, estavam sem a indicação da data de validade ou mencionavam o preço por grama e não por quilo (Procon-SP/Divulgação)
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Mais de um mês após internautas denunciarem o “golpe da fruta” no Mercado Municipal de São Paulo, o Procon voltou novamente ao local e constatou novas irregularidades por parte dos lojistas.

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Nesta nova fiscalização, realizada nesta quarta-feira (23), 46 locais foram vistoriados e 18 deles foram autuados. Entre as irregularidades averiguadas, os estabelecimentos não informavam corretamente o preço dos produtos, estavam sem a indicação da data de validade ou mencionavam o preço por grama e não por quilo. Outra desconformidade era a de que não havia dados sobre a existência ou não de glúten.

“A administração da concessionária do Mercado Municipal está se omitindo. Ela precisa fechar os estabelecimentos e agir com mais energia para evitar que esses golpes sejam aplicados”, informou em nota o diretor executivo do Procon-SP, Fernando Capez.

Ele disse ainda que o órgão fará visitas surpresas e as blitzes serão constantes no local.

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A concessionária informou em nota que o Procon não informou à administração em quais boxes teriam sido constatadas irregularidades e quais seriam essas.

“Ressalte-se que, em relação à operação realizada no último dia 17/02/2021, a Mercado SP solicitou formalmente ao órgão as mesmas informações, ou seja, quais foram os boxes autuados e os motivos dessas autuações, não tendo ainda recebido as informações solicitadas”, diz trecho da nota.

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A concessionária informa ainda que desde que assumiu o espaço, em setembro de 2021,  realiza fiscalizações e orientação. “Bem como aplica advertências e multas aos lojistas infratores, estando providenciando, neste momento, ações judiciais para rescisão de contratos de lojistas infratores e recalcitrantes”, diz.

A empresa diz ainda que o fato de o Procon-SP não ter flagrado o “golpe da fruta” corrobora que as medidas tomadas vem surtindo efeito.

“Como já salientamos, como a Mercado SP não tem poder de polícia, enquanto administradora do Mercado, contamos com a colaboração de todos, que podem e devem nos informar sobre qualquer tipo de irregularidade, constrangimento ou desrespeito, através do nosso pessoal, presencialmente no Mercadão e também pelo nosso serviço de atendimento ao usuário”, diz.

Os canais disponibilizados pela concessionária são os seguintes: o e-mail sac@mercadospspe.com.br e via redes sociais @nossomercadao.

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“Desta forma, assim que formos informados, pelo Procon-SP, do resultado das duas fiscalizações realizadas, tomaremos as providências cabíveis, e previstas em contrato, em face dos infratores”, informa.

Primeiras denúncias

O “golpe da fruta” foi como ficou conhecida a prática irregular por parte de alguns vendedores de oferecerem o produto por um preço e cobrarem outro (bem superior), após a pesagem. Em um dos exemplos, uma laranja com acerola foi ofertada por 40 reais o quilo, porém, após a pesagem, o mesmo vendedor cobrou 190 reais do cliente.

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Um perfil no Instagram denominado @golpe_do_mercadao_sp foi criado e reúne dezenas de depoimentos de vítimas, segundo revelou reportagem da Vejinha no dia 12 de fevereiro último. Atualmente ele já conta com mais de 16 mil seguidores.

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Cinco dias após a divulgação das denúncias, no dia 17 de fevereiro, o Procon-SP multou 11 bancas das 17 visitadas. Segundo informações do órgão fiscalizador, foram identificados produtos com a validade vencida, porém, o “golpe da fruta” não foi flagrado.

Novas denúncias davam conta que a mortadela usada nos lanches –um dos ícones do local ao lado do pastel de bacalhau– era de uma marca inferior ao anunciado.

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Em entrevista à VEJA São Paulo publicada após as primeiras denúncias, no dia 24 de fevereiro, o diretor-presidente da concessionária que administra o local (a Mercado SP SPE), o paulistano Alexandre Germano, 46, havia afirmado que o “golpe da fruta” havia acabado.

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