Larissa Manoela enfrenta processo de 1,7 milhão de reais
Produtor acusa artista e família de darem "golpe"
Larissa Manoela e seus pais, Silvana e Gilberto, são alvo de uma ação indenizatória de 1,7 milhão de reais que tramita no Fórum de Santo Amaro, Zona Sul da capital paulista. O produtor de shows Davi Dantas acusa a família de dar calote após o cancelamento de uma apresentação que seria realizada no Jockey Club.
O caso começou em 2018. Davi disse a Vejinha que as tratativas com a artista começaram para o evento Halloween no Jockey Club São Paulo, que seria realizado em outubro daquele ano. O show, no entanto, acabou cancelado pelo próprio Jockey, segundo Davi, por problemas internos da administração.
Davi tentou então remanejar a apresentação para o Anhembi, em novembro, mas, pelo curto tempo, não conseguiu o alvará necessário para o evento. Por sugestão de Gilberto, então, o show foi adiado em um ano, para uma apresentação no Credicard Hall, hoje Unimed Hall.
Dantas afirma que reservou uma data, 19 de outubro de 2019, para a apresentação. Ele relata, no entanto, que depois de agendar com o Credicard, Gilberto deu “um sumiço”. “Parou de responder as mensagens”, lembra. Quando conseguiu falar com o pai da artista, Gilberto pediu que a apresentação fosse cancelada. Para pedir o ressarcimento pelo adiantamento que havia dado de cachê e outras despesas, Davi foi orientado a falar com Leila Lopes, dona de uma empresa terceirizada contratada pela família de Larissa, a Way of Joy Produções Artísticas. Metade do cachê, o equivalente a 50 000 reais, teria sido administrada por Leila.
“Quando a procurei, disseram que Leila foi desligada da empresa e me orientaram a procurar o advogado deles [da família]”, lembra. “Tentei por um ano falar com eles”, afirma Davi, que diz também que o contrato firmado com a artista nunca foi rescindido.
A data anteriormente reservada por ele no então Credicard, segundo o produtor, foi usada por Larissa Manoela para um show da estreia da turnê Além do Tempo, no dia 19 de outubro do ano passado. “Liguei [para o Credicard] como produtor, falando no nome dela, e reservei a data. Também conversei com a Ticket For Fun avisando que depois entraria em contato para fechar a venda de ingressos. Nesse meio tempo, eles [família de Larissa] me enrolaram, não me confirmaram o show, mas fecharam o contrato com a empresa, deram um golpe”, afirma.
O valor da ação indenizatória, 1,7 milhão de reais, é referente, segundo o produtor, não só ao valor do adiantamento do cachê, de 50 000, mas também ao aluguel de equipamentos, prejuízos com patrocinadores e o lucro que ele teria com a apresentação que acabou sendo realizada no Credicard Hall.
A assessoria de Larissa, por meio de nota divulgada para a imprensa, afirmou que a Dalari Produções, nome da empresa de sua família, “não descumpriu qualquer contrato de trabalho com o Sr. Davi Dantas”. Eles afirmaram também que o show no Jockey não foi realizado por “responsabilidade única e exclusiva” do produtor, que “não conseguiu a documentação necessária junto aos órgãos responsáveis para a realização do evento”.
A segunda apresentação, no Anhembi, “novamente não teve a documentação necessária para a realização sequer do novo show”. A assessoria diz ainda que “o contratante afirma que teria pago 50 000 reais como sinal e estaria pedindo um suposto ressarcimento de cerca de 1,7 milhão, ou seja, de 35 vezes o valor. Mas a artista não recebeu nenhuma citação oficial desse processo, afinal está fora do país, rodando um longa-metragem em Nova York, não tendo, assim, como saber, efetivamente do que se trata o pleito”.
A Vejinha procurou novamente a assessoria da artista para comentar as acusações referentes ao show realizado no Credicard Hall, mas não obteve resposta.
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