Morre Kaká Di Polly, drag queen icônica de São Paulo
A artista sofreu uma parada cardíaca nesta segunda-feira (23); confira sua entrevista para a Vejinha de junho de 2022
![Imagem mostra pessoa com chapéu e roupa azuis, segurando foto. Ela está maquiada, coma boca a berta, fazendo careta.](https://gutenberg.vejasp.abril.com.br/wp-content/uploads/2023/01/Design-sem-nome-32.png?w=680&h=420&crop=1)
Ícone do ativismo LGBT de São Paulo, a drag queen Kaká Di Polly morreu nesta segunda-feira (23), aos 65 anos. Internada desde o dia 19 por uma dor lombar, teve uma parada cardíaca após um exame de rotina.
+ Amor, ativismo e picuinhas: os 25 anos da Parada do Orgulho LGBT+
Di Polly foi uma das figuras mais importantes da primeira Parada do Orgulho LGBT da cidade, em 1997, quando fingiu desmaio na Avenida Paulista para impedir que a polícia bloqueasse o acesso dos ativistas a uma das faixas da via.
![kaka di polly Imagem mostr pessoa com maquiagem e roupa azul sentada em cadeira](https://gutenberg.vejasp.abril.com.br/wp-content/uploads/2023/01/IMG_8435.jpg?quality=70&strip=info&w=1024&crop=1)
“Me joguei no chão no meio das faixas da Paulista. Logo, já fizeram um isolamento e, enquanto isso, pegaram o carro e o botaram para andar”, contou a drag queen em entrevista à Vejinha de junho de 2022, por razão dos 25 anos daquela primeira edição.
Sem papas na língua, criticou a edição virtual da Parada LGBT, de 2020, que não convidou as drags veteranas da cidade, que costumam participar anualmente. “Achei aquilo um absurdo. Você fazer parte da história, estar viva e não ser lembrada para falar dois minutos justamente por pessoas que estão à frente desse movimento”, declarou na entrevista.
No último desfile, voltou a participar, com figurino feito a mão, no tradicional trio Artistas da Noite, liderado pela drag Salete Campari.
O velório da artista acontecerá no Cemitério Vila Mariana nesta quarta-feira (25), das 8h às 12h.
+Assine a Vejinha a partir de 9,90.