Justiça revoga prisão de ativistas que incendiaram estátua de Borba Gato
Três acusados foram indiciados e se tornaram réus, mas responderão ao processo em liberdade
O Tribunal de Justiça de São Paulo revogou nesta terça-feira (10) a prisão preventiva de três ativistas acusados de incendiar a estátua de Borba Gato, na Zona Sul de São Paulo, em julho.
Paulo Roberto da Silva Lima, conhecido como Paulo Galo, Danilo Silva de Oliveira e Thiago Zem estavam detidos . Eles se tornaram réus por incêndio, associação criminosa e direção de veículo em condição irregular e devem responder ao processo em liberdade.
De acordo com o juiz Eduardo Pereira Santos Júnior, a ausência de antecedentes criminais dos três justifica o pedido de soltura. “Não há como se presumir que a soltura dos réus traga danos à ordem pública, prejudique a instrução criminal ou frustre a aplicação da lei penal”, escreveu o magistrado.
A acusação contra Géssica Barbosa, mulher de Paulo Galo, foi arquivada.
O ataque à estátua, ocorrido em 24 de julho, foi feito e filmado pelo grupo “Revolução Periférica”, em forma de protesto ao monumento do bandeirante, figura controversa da História. Segundo historiadores, Borba Gato era caçador de escravizados.